Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIVIANE CORREIA CAMPOS ALMEIDA
DATA: 07/05/2016
HORA: 08:30
LOCAL: Clínica Onco Hematos
TÍTULO: FREQUÊNCIA DE DOENÇAS INFECCIOSAS E AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE CELULAR E HUMORAL EM ADULTOS NÃO TRATADOS COM DEFICIÊNCIA CONGÊNITA E ISOLADA DE GH
PALAVRAS-CHAVES: resposta imune humoral e celular, isolada deficiência do hormônio de crescimento, testes cutâneos e vacinas, doenças infecciosas
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:
O hormônio do crescimento (GH) é importante para o desenvolvimento e função do sistema imunológico, mas há controvérsias se a deficiência do GH (DGH) é associada a distúrbios imunes. Um modelo de deficiência isolada do GH (DIGH), sem outros déficits ou reposições hormonais, excluiria efeitos confundidores na análise das ações do GH na imunidade, podendo esclarecer se a perda do GH é associada a uma maior susceptibilidade a infecções ou a uma alteração na resposta imunológica. Nosso objetivo foi estudar a frequência de doenças infecciosas e a resposta imune celular e humoral em adultos com DIGH congênita e não tratada. O estudo foi realizado em duas partes: na primeira, estudo transversal, onde participaram todos os convidados com 20 anos de idade ou mais, sendo 35 adultos com DIGH devido à mutação homozigótica (C.57+1G>A) no gene do receptor do hormônio liberador do GH (GHRH) e 31 controles, que foram submetidos a um questionário clínico para avaliar a história prévia de doenças infecciosas, exame físico e foram dosadas as sorologias para doença de Chagas, leishmaníase, HIV, tétano, hepatites B e C. Na segunda parte, foi feito um estudo de casos com grupo controle para comparação da resposta imunológica celular e humoral entre os grupos. Os critérios de inclusão foram idade entre 20 e 65 anos e de exclusão foram infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), infecções agudas, malignidades, doenças autoimunes como artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, uso de medicações antialérgicas e glicocorticóides ou condições como gravidez. Foram feitas as dosagens das imunoglobulinas séricas: IgG total, IgA, IgE e IgM. A resposta imune foi avaliada através de testes cutâneos (Derivado Proteico Purificado (PPD), estreptoquinase e candidina), e da resposta à vacinação para hepatite B e tétano (nos indivíduos com sorologia negativa) e ao bacilo Calmette-Guérin (BCG), nos indivíduos que tivessem PPD negativo. Não houve diferença entre os grupos na história de doenças infecciosas e dados sorológicos basais. Indivíduos com DIGH apresentaram menores níveis de IgG total, mas dentro da variação normal e menor diâmetro da induração no teste cutâneo com estreptoquinase, embora sem diferença na positividade a este teste (DIGH 2 em 21; controles 5 em 20). Também não houve diferença na positividade ao PPD (DIGH 4 em 24; controles 10 em 28) e à candidina (DIGH 3 em 21; controles 1 em 19) nem na resposta às vacinações entre os grupos. Em conclusão, não foi encontrado uma maior frequência de infecções ou distúrbios imunológicos envolvendo produção de anticorpos ou resposta celular a antígenos cutâneos nos indivíduos com DIGH congênita e não tratada.