Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VINICIOS VENTURA DE OLIVEIRA EMERICK
DATA: 25/03/2020
HORA: 16:30
LOCAL: 49
TÍTULO: POBREZA E SUBDESENVOLVIMENTO SOB O MANTO DAS RENDAS PETROLÍFERAS UMA ANÁLISE DO PROCESSO CONTRADITÓRIO DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE FLUMINENSE, A PARTIR DA REALIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
PALAVRAS-CHAVES: desenvolvimento econômico, desenvolvimento regional, subdesenvolvimento, Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes.
PÁGINAS: 151
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO:
A dinâmica socioeconômica e a ocupação territorial do Norte Fluminense foram determinadas historicamente pela produção de cana de açúcar, que se alicerçava na concentração fundiária e na exploração intensiva da força de trabalho a baixos custos. A partir da década de 1990, com a implantação das políticas neoliberais, ganha destaque na região a expansão de exploração e produção de petróleo e alguns dos municípios que a compõem passou a ter os maiores níveis de orçamento per capita do país. Apesar de toda riqueza gerada por esta atividade econômica, o processo de acumulação de capital não foi suficiente para reduzir a desigualdade socioeconômica criando uma situação sui generis para a análise teórica e para a gestão pública, que alguns estudiosos da região caracterizam como “O desafio da abundância”. Trata-se de uma situação incomum porque em geral o problema econômico consiste em lidar com a escassez de recursos, e este contexto evidenciou que a abundância de renda monetária em um determinado território, por si só também não resulta na elevação substancial dos indicadores socioeconômicos e na redução da pobreza, pelo contrário. Neste sentido, a partir da constatação de que o desenvolvimento no Norte Fluminense é marcado pela manutenção, reprodução e intensificação das desigualdades socioeconômicas, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise dos fatores tanto regionais quanto nacionais que influenciaram o processo contraditório de desenvolvimento nesta região, em um contexto histórico em que o acúmulo de capital com as diferentes matrizes de produção não conseguiu minimizar a desigualdade econômica na região. Partindo-se de uma abordagem estruturalista pretende-se analisar oA dinâmica socioeconômica e a ocupação territorial do Norte Fluminense foram determinadas historicamente pela produção de cana de açúcar, que se alicerçava na concentração fundiária e na exploração intensiva da força de trabalho a baixos custos. A partir da década de 1990, com a implantação das políticas neoliberais, ganha destaque na região a expansão de exploração e produção de petróleo e alguns dos municípios que a compõem passou a ter os maiores níveis de orçamento per capita do país. Apesar de toda riqueza gerada por esta atividade econômica, o processo de acumulação de capital não foi suficiente para reduzir a desigualdade socioeconômica criando uma situação sui generis para a análise teórica e para a gestão pública, que alguns estudiosos da região caracterizam como “O desafio da abundância”. Trata-se de uma situação incomum porque em geral o problema econômico consiste em lidar com a escassez de recursos, e este contexto evidenciou que a abundância de renda monetária em um determinado território, por si só também não resulta na elevação substancial dos indicadores socioeconômicos e na redução da pobreza, pelo contrário. Neste sentido, a partir da constatação de que o desenvolvimento no Norte Fluminense é marcado pela manutenção, reprodução e intensificação das desigualdades socioeconômicas, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise dos fatores tanto regionais quanto nacionais que influenciaram o processo contraditório de desenvolvimento nesta região, em um contexto histórico em que o acúmulo de capital com as diferentes matrizes de produção não conseguiu minimizar a desigualdade econômica na região. Partindo-se de uma abordagem estruturalista pretende-se analisar o desenvolvimento regional numa perspectiva teórica e empírica, adotando os seguintes procedimentos: a) revisão bibliográfica para compreender o desenvolvimento econômico e os elementos históricos que influenciaram o processo de desenvolvimento regional; e b) estatística descritiva para evidenciar a análise teórica com a realidade socioeconômica do Norte Fluminense a partir da década de 1990, além de verificar as repercussões da economia petrolífera. O município de Campos dos Goytacazes foi escolhido como recorte espacial para retratar o exemplo das contradições que este processo de acumulação engendrou na região. Vale salientar, que o Norte Fluminense convive com a existência concomitante de elementos regionais e nacionais que acarretam neste território um crescimento especializado e o torna dependente de decisões ligadas ao interesse do capital financeiro, de modo que o processo de acumulação de capital não resulta no efetivo desenvolvimento econômico, sob a perspectiva furtadiana. Destarte, embora o Norte Fluminense tenha gerado um imenso volume de riqueza durante as últimas décadas, observa-se por meio da análise histórico-estrutural que a estrutura socioeconômica regional ainda permanece caracterizada pela reprodução e permanência dos aspectos do subdesenvolvimento como desigualdade social, altos níveis de pobreza e baixo dinamismo econômico.