Segundo a coordenadora do NUPEC e orientadora do estudo, professora Fernanda Esperidião, a proporção de domicílios brasileiros que contém redes de abastecimento de água é de 88%. Somente 60% possui a rede de coletas de esgoto a nível de Brasil. Porém, ao analisar a região nordeste os dados são um pouco mais alarmantes, principalmente, nas redes de coletas de esgoto. 87% dos domicílios possuem redes de abastecimento de água e 39% apresenta redes de coleta de esgoto. Com relação a rede de esgoto, a situação de Sergipe é muito parecida a que se apresenta na região Nordeste, com pontos percentuais um pouco menores. Pois no estado de Sergipe, por exemplo, apenas 37% dos domicílios são atendidos pelas redes de coletas de esgoto em contrapartida do restante ainda não ser (63%). Infelizmente tal realidade só reflete as inúmeras doenças por parte da população mais carente relacionadas à falta de saneamento básico.
Ao longo do trabalho, começou-se a observar que os vários desdobramentos em investimentos financeiros nas áreas de coleta de esgotos e de fornecimento de água potável ajudam a diminuir a mortalidade infantil decorrente do consumo de água infectada, dentre outros problemas graves. Além de que ao aumentar a renda per capita do povo nordestino em 1%, o custo de internação no SUS cai em 1,11%, conclui a professora Fernanda.
Ainda sobre a pesquisa, o mestrando em economia José Carlisson afirma que o investimento nas políticas públicas de saneamento básico não traz benefícios apenas para a área da saúde, como também em outras esferas da sociedade, uma vez que o custo no tratamento das doenças advindas da falta de saneamento básico é diminuído vertiginosamente.
A pesquisa recebeu menção honrosa em 2018 no congresso da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
Ouça na íntegra a entrevista que a professora Fernanda Esperidião concedeu a Agência Rádio UFS aqui!