Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DEANE CRISTINA DA ROCHA RODRIGUES DE OLIVEIRA
DATA: 19/01/2023
HORA: 14:00
LOCAL: campus Lagarto
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE CÂNCER ORAL NO BRASIL: ATRASO NO INÍCIO DO TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO TARDIO
PALAVRAS-CHAVES: Neoplasias Bucais; Diagnóstico tardio; Estudos de Séries Temporais; Fatores Socioeconômicos; Análise Espacial
PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

O câncer oral (CO) afeta os lábios e as estruturas da boca, até gengiva, mucosa jugal,palato, língua e soalho bucal. Sua etiologia é multifatorial e inclui fatores externosindividuais. O diagnóstico e o tratamento precoce são os meios mais eficazes paramelhorar o prognóstico e aumentar a taxa de sobrevida do paciente com CO. Por ser oBrasil um país territorialmente extenso e marcado por desigualdades socioeconômicas énecessário avaliar os fatores relacionados ao CO, sobretudo ao diagnóstico e tratamento,sob a ótica de seus determinantes socioeconômicos. O objetivo deste estudo é associaras condições socioeconômicas com casos de CO no Brasil, no período de 2013 a 2019.Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, descritivo e analítico, retrospectivo, debase populacional, com análise de tendência temporal e com análise espacial dos casosde CO, informações referentes ao diagnóstico e tratamento e os indicadoressocioeconômicos dos munícipios brasileiros. As informações referentes aos casos de COforam provenientes do Painel Oncologia e os indicadores socioeconomicos utilizadosforam os indicadores do índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) e Índice deVulnerabilidade Social (IVS). O desfecho do estudo foi o intervalo de tempo entre odiagnóstico e o início do tratamento oncológico e o grau de estadiamento do tumor nomomento no diagnóstico. Os dados foram armazenados e preparados no Microsoft OfficeExcel 2016 onde foi feita a análise descritiva, calculada a prevalência dos casos totaisde CO. Realizou-se a análise de correlação entre os casos de CO e os indicadoressocioeconômicos através do teste de correlação de Spearman (Rho) no GraphPad Prismversão 8.0. Analisou-se as tendências temporais por meio de regressão linearsegmentada no JoinPoint 4.9.1.0. Foi feita a distribuição espacial representando as taxasde prevalência de CO nos municípios brasileiros no TerraView 4.22. Posteriormente foicalculado o Índice de Moran Global das taxas médias de prevalência e avaliada aocorrência de autocorrelação local pelo cálculo do Índice de Moran Local Univariado noQGIS 3.16. Realizou-se a varredura espaço-temporal no SatScan 9.6.1, utilizando ométodo Kulldorf de análise retrospectiva e distribuição de probabilidade de Poisson. Aprevalência de CO no Brasil foi de 5,3 casos por 100 mil habitantes. Entre 2013 e 2019foram registados 46.735 casos de CO no país. Encontrou-se significância estatísticainversamente proporcional entre o IVS e proporcional com o IDHM com os casos totais,casos tratados tardiamente e casos diagnosticados tardiamente. A tendência temporalda taxa de prevalência de CO no Brasil foi crescente. A taxa de prevalência bruta esuavizada mostrou uma concentração de casos totais de CO nas regiões Sul e Sudestee em algumas UF da região Nordeste. Encontrou-se uma concentração de municípiosque apresentava alto risco nas regiões Sul e Sudeste, um aglomerado de risco maisprovável de possuir casos diagnosticados tardiamente e tratados tardiamente. A análisedas informações de casos de CO podem auxiliar na formulação de políticas públicas paraa prevenção e controle dessa enfermidade e contribuir para a melhoria e organização daassistência oncológica.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2127825 - CARLOS EDUARDO PALANCH REPEKE
Presidente - 2074362 - KELLY DA SILVA
Externo à Instituição - MÁRCIO BEZERRA SANTOS