Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLA MARIA LIMA SILVA
DATA: 17/01/2023
HORA: 09:00
LOCAL: campus Lagarto
TÍTULO: Nível de satisfação com o Acompanhamento
Farmacoterapêutico e Qualidade de Vida de usuários de um ambulatório Trans de
Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Transexuais; Serviços de saúde; Satisfação do paciente; Qualidade de
vida.
PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
São inúmeras as dificuldades no acesso e permanência das pessoastrans nos serviços oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante disso, osresultados das avaliações do nível de satisfação com o AcompanhamentoFarmacoterapêutico e da Qualidade de Vida irão contribuir para auxiliar nareestruturação do serviço e identificar pontos de melhoria. Objetivo: Avaliar o nível desatisfação com o Acompanhamento Farmacoterapêutico e Qualidade de Vida dosusuários de um ambulatório trans de Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudotransversal, descritivo e quantitativo, realizado no período de janeiro a setembro de2022, para investigação do perfil sociodemográfico e farmacoterapêutico dessesusuários. Concomitantemente, os níveis de satisfação com o AcompanhamentoFarmacoterapêutico e a Qualidade de Vida foram mensurados no período de julho asetembro de 2022. Para avaliar o nível de satisfação com o AcompanhamentoFarmacoterapêutico foi aplicado o Questionário de Satisfação com os Serviços deFarmácia (QSSF) e, para avaliação da Qualidade de Vida, foi aplicado o questionárioWHOQOL-BREF. As análises descritivas foram feitas a partir das medidas tendênciacentral, frequência absoluta e relativa, e as estatísticas inferenciais pelo t de Student.Resultados: 101 pessoas trans frequentaram o ambulatório entre janeiro a setembrode 2022, predominantemente, uma amostra jovem, (mediana de idade de 25 anos),em que, 79,2% (n=80) consideraram-se solteiros(as), 47,5% (n=48) estudaram maisque 11 anos e, 48,5% (n=49) da amostra foi de mulheres trans. Quanto a terapiahormonal, 59,4% (n=60) referiram o uso contínuo de hormônios, sendo 18,3% (n=11)por automedicação. O cipionato de testosterona foi o hormônio prevalente em 84%para homens trans, seguidos de acetato de ciproterona e estradiol, representandojuntos 60,4% de frequência entre os hormônios feminilizantes. Consoante ao consumode hormônios, 36 pessoas trans utilizavam de outros medicamentos em sua rotina,sendo os antidepressivos os mais consumidos (28,0%). Com o WHOQOL-BREF, asmulheres trans apresentaram maiores escores nos domínios autoavaliação daQualidade de Vida, físico e psicológico em relação aos homens trans, mas semapresentar diferenças estatisticas. Entretanto, a renda foi estatiscamente significativapara os domínios psicológicos e qualidade de vida geral da população. Os resultadosdo QSSF apontaram que a média geral e a média da pontuação em todas as questõesapresentaram-se maior que 4, podendo considerar que 100% da amostra estavasatisfeita com o serviço prestado. Conclusão: Ressalta-se a importância de seconhecer o perfil sociodemográfico e farmacoterapêutico dessas pessoas, a fim decaracterizar essa população, além de traçar estratégias para melhorar sua saúde.Percebe-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre homens emulheres trans, mas a renda apontou associação sobre o domínio psicológico e aQualidade de Vida geral, além disso, todos os usuários consideraram-se satisfeitoscom o serviço de acompanhamento farmacoterapêutico, no entanto, torna-senecessário a ampliação da oferta de serviços, como a dispensação de medicamentos.