Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLA MARIA LIMA SILVA
DATA: 12/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: campus Lagarto
TÍTULO: Nível de Satisfação com o serviço de Acompanhamento
Farmacoterapêutico e Qualidade de Vida de usuários de um ambulatório trans de
Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Transexuais; Serviços de saúde; Satisfação do paciente; Qualidade de
vida
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
A transformação do corpo se apresenta como esfera constitutiva da vidadas pessoas. Porém, para as pessoas transexuais, tal esfera assume uma intensamagnitude. São inúmeras as dificuldades no acesso e permanência desses sujeitosnos serviços oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante disso, osresultados das avaliações do nível de satisfação com o AcompanhamentoFarmacoterapêutico e da Qualidade de Vida irão contribuir para auxiliar nareestruturação do serviço e identificar pontos de melhoria. Objetivo: Avaliar o nível desatisfação com o Acompanhamento Farmacoterapêutico e Qualidade de Vida dosusuários(as) de um ambulatório trans de Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudoobservacional, descritivo e retrospectivo, realizado no período de janeiro a setembrode 2022, para investigação do perfil sociodemográfico e farmacoterapêutico dessesusuários(as). Concomitantemente, os níveis de satisfação com o AcompanhamentoFarmacoterapêutico e a Qualidade de Vida foram mensurados no período de julho asetembro de 2022. Para avaliar o nível de satisfação com o serviço deAcompanhamento Farmacoterapêutico foi aplicado o Questionário de Satisfação comos Serviços de Farmácia (QSSF) em todas as pessoas trasns atendidas por estaespecialidade. O questionário é dividido em dois blocos, em que distribui-se 20
questões. Para avaliação da Qualidade de Vida, foi aplicado o questionário WHOQOL-BREF, com 26 itens, em todas as pessoas trans que frequentaram em algum momento
o ambulatório durante esse período. Resultados: Pôde-se identificar que 101 pessoastrans frequentaram o ambulatório entre janeiro a setembro de 2022, representandouma amostra jovem, (mediana de idade de 25 anos), quanto ao estado civil, 79,2%consideraram-se solteiros(a), quanto à escolaridade, 47,5% estudaram mais que 11anos e, quanto ao gênero autorrefeido, 48,5% da amostra foi compostamajoritariamente por mulheres trans. A prevalência geral para o uso contínuo dehormônios foi de 59,4%, sendo 16,7% por automedicação. A formulação hormonalmais utilizada foi o cipionato de testosterona 29,6%, seguida de acetato de ciproteronae estradiol, em que juntos, totalizaram 42,3% do consumo. Em consoante ao consumode hormônios, 36 pessoas trans utilizavam de outros medicamentos em sua rotina,sendo os antidepressivos os mais consumidos (28,0%). Para Os escores dosdomínios do WHOQOL-BREF, as mulheres trans apresentaram maiores escores nosdomínios de autoavaliação da QV e no domínio relações sociais, quando comparadasaos homens trans. Para os resultados do QSSF, a média geral e a média dapontuação em todas as questões apresentaram-se maior que 4, podendo considerarque 100% da amostra estava satisfeita com o serviço. Conlusão: Esses resultadosevidenciaram o reflexo de um acompanhamento ambulatorial especializado para apopulação trans. Diante dos fatos, os profissionais de saúde podem considerar essesresultados ao planejar intervenções para melhorar a Qualidade de Vida e os níveis desatisfação com os serviços prestados para os indivíduos transgêneros