Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAMISSON BISPO DE SOUSA SANTOS
DATA: 23/05/2022
HORA: 09:00
LOCAL: google met
TÍTULO: Inquérito soroepidemiológico da leishmaniose visceral canina, e fatores
socioculturais associados, em uma área endêmica de Sergipe, Nordeste do Brasil.
PALAVRAS-CHAVES: Epidemiologia; Protozooses; Leishmaniose; Saúde Pública; Zoonoses.
PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:
No Brasil, a principal espécie de protozoário causador da Leishmaniose visceral (LV) éa Leishmania (L.) infantum e o inseto Lutzomia longipalpis é o principal vetor dadoença. O cão é considerado o principal reservatório doméstico do parasito. A doençarepresenta um grave problema de saúde pública em vários municípios do Brasil,principalmente na região nordeste. Considerando a importância desses patógenos paraos cães e o impacto da LV na saúde pública de Sergipe, o presente estudo tem oobjetivo investigar a presença de anticorpos anti-Leishmania em amostras de cãesdomiciliados e associar com indicadores epidemiológico no município deLagarto/Sergipe. Foi realizado o diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina (LVC)em 755 cães, dos quais (10,3%) foram soro-reagentes para o teste imunocromatográficorápido de plataforma de dois caminhos TR-DPP (Fiocruz/Biomanguinhos). Desses, (n =42; 53,8%) foram confirmados pelo teste sorológico de ELISA (EnsaioImunoabsorvente Ligado à Enzima). Do total de animais analisados, 532 (70,4%) eramda zona rural e 223 (29,5%) da zona urbana do município. A maioria dos animais(90,6%) não apresentava sinais clínicos sugestivos da doença (assintomática), dormiamfora das residências (72,9%), tinham contato com animais não domiciliados (99,4%),com animais silvestres (99,8%) residiam próximos a terrenos abandonados (46,6%). Osresultados demonstraram que todas as residências com cães soro-reagentes estavampróximas a terrenos abandonados, praças e/ou áreas verdes, fatores que relacionados
com a transmissão da doença. Essas variáveis aumentam as chances dos cães e seustutores entrarem em contato com flebotomíneos infectados. Houve associação entreanimais positivos pelo ELISA e o tipo de abrigo (p=0,008); 45,2% dos cãesapresentavam abrigos em áreas externa das residências. A doença está distribuídageograficamente em 16 (84,2%), das 19 áreas amostrais do município, 6 (31,5%) dasáreas apresentaram casos de LV em cães e humanos. Foram notificados oito casos deLeishmaniose Visceral Humana (LVH) durante os anos de 2017 a 2020 no município.Os cães que estão localizados nas áreas de maior risco se comportam como sentinelas,demonstrando através dos inquéritos soroepidemiológicos caninos como ocorre adinâmica de transmissão da doença.