Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA SILVA OLIVEIRA
DATA: 19/05/2017
HORA: 13:00
LOCAL: ARACAJU
TÍTULO: DISTÚRBIOS DA VOZ RELACIONADOS AO TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
PALAVRAS-CHAVES: Distúrbios da voz, agentes comunitários de saúde, autoavaliação, qualidade de vida.
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO:
O Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho (DVRT) é definido como qualquer desvio vocal diretamente associado à atividade profissional. Estudos apontam para a relação entre algumas atividades laborais atribuídas aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e a susceptibilidade ao comprometimento do bem-estar vocal, pois lidam por meio da interlocução com os usuários e demais membros da Unidade Básica de Saúde. Nesta perspectiva, o estudo objetivou avaliar a autopercepção vocal e a qualidade de vida em ACS da zona urbana de Lagarto.Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, com abordagem descritiva e analítica, realizado por meio da aplicação de questionários autopreenchíveis com 47 ACSs. A maioria dos participantes foi do gênero feminino (85,1%), situação conjugal casado (a) (46,8%), com ensino médio completo (66%) e tempo de trabalho ≥ 10 anos (66%). A autopercepção vocal e avaliação da qualidade de vida relacionada a voz foi realizada respectivamente por meio dos instrumentos: Índice de Triagem para Distúrbio de Voz (ITDV), Índice de Função Glótica (IFG) e o Questionário de Qualidade de Vida em Voz (QVV). Os dados foram digitados no programa Microsoft Excel e importados para o software SPSS (versão 20 para Windows), no qual foram analisados. Foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada para obtenção da distribuição dos valores de frequência e porcentagem. Além disso, ao considerar que os dados foram medidos somente no nível ordinal (não-paramétricos), utilizou-se o teste de Spearman para obter o valor da significância (p valor) entre as associações e também o valor do respectivo coeficiente (rho) para avaliação da intensidade das correlações ∕ associações estatisticamente significativas (p= < 0,05). Dos ACS participantes, 54% relataram distúrbios de voz por meio do instrumento ITDV, sendo os sintomas vocais mais referidos, rouquidão, garganta seca, pigarro e cansaço ao falar. Através do instrumento IFG, 37% da amostra preencheram os critérios que os caracterizam portador de um possível distúrbio da voz, sendo os sintomas mais referidos: fadiga vocal e quebra na voz. Em referência à percepção da qualidade de vida em voz (QVV), as queixas mais evidentes em maior e menor frequência foram “o ar acaba rápido e preciso respirar muitas vezes enquanto eu falo”, “não sei como a voz vai sair quando começo a falar”, “tenho que repetir o que falo para ser compreendido”, “tenho dificuldade em falar forte (alto) ou ser ouvido em ambientes ruidosos” e “fico ansioso ou frustrado (por causa da minha voz)”. Os três sintomas mais referidos e associados a impactos na qualidade de vida foram garganta seca, falha/quebra na voz e cansaço ao falar/ fadiga vocal. Os dados obtidos na pesquisa confirmam representável índice de referência a distúrbios da voz e interferência nas dimensões físicas e emocionais dos indivíduos.