Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PRICILA NEVES DOS SANTOS
DATA: 30/11/2021
HORA: 09:30
LOCAL: Online - Google Meet
TÍTULO: IMPRENSA, PODER E ANTICOMUNISMO: TRAJETÓRIA JORNALÍSTICA E POLÍTICA DE JOSÉ DE CARVALHO DÉDA (SIMÃO DIAS/SE, 1946-1969)
PALAVRAS-CHAVES: Sergipe, José de Carvalho Déda, Imprensa, Anticomunismo, Política, Conservadorismo.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:
O presente trabalho tem por objetivo analisar a trajetória política e profissional de José de Carvalho Déda, a partir da análise dos discursos jornalísticos do semanário A Semana de (1946-1969). Para isso, desenvolveu-se um estudo de cunho político-ideológico nessa imprensa, produzida na cidade sergipana de Simão Dias, como também se buscou informações nas suas memórias publicadas em formato de livros e em seus discursos políticos sistematizados e veiculados em A Semana. Para os organizadores do jornal, o comunismo era contrário aos seus princípios e daí saíram em defesa da posição da Igreja Católica contra os ditos “ateus e anticristãos”. A linha política de A Semana traz traços do conservadorismo da época, ao mesmo tempo que esboça uma proposta humanista em defesa da população mais humilde. De modo que, esse emblemático jornalista, político e advogado prático (rábula), da área civil e criminal, apropriou-se de um discurso anticomunista e cristão nos embates político-partidário da época, chegando a assumir o cargo de deputado por três legislatura consecutivas na Assembleia Legislativa estadual (1947-1950; 1951-1954; 1955-1958), e ainda, saiu em defesa da denominada “Revolução de 1964”, tendo se colocado sempre em defesa do povo. Assim, a metodologia aplicada nesta pesquisa foi a de análise de discurso, no caso jornalístico, que se alinha a uma perspectiva que busca compreender o texto a partir dos campos simbólicos e sociais do sujeito emissor. A documentação principal analisada foi a do próprio periódico A Semana, de tamanho tabloide, fundado e editado por Carvalho Déda, tendo existindo na conjuntura política sergipana do final do Estado Novo, passando pelo golpe de Estado de 1964 e fechando às portas no período da ditadura civil-militar. Durante esta última fase, ocorreram mudanças na direção do jornal, bem como houve a instituição da censura e perseguições políticas no país, nesse contexto percebeu-se uma guinada mais progressista no jornal que vigorou até o seu término em 1969.