Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERMERSON PORTO SANTOS
DATA: 26/08/2016
HORA: 14:30
LOCAL: Programa de Pós Graduação em História
TÍTULO: GOLPE CIVIL-MILITAR, PROTESTANTISMO E A CRUZADA CRISTO ESPERANÇA NOSSA EM SERGIPE 1964
PALAVRAS-CHAVES: Sergipe, Golpe, Protestantismo, Cruzada Cristo Esperança Nossa.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:
O movimento civil-militar que depôs o presidente da República João Goulart, em 1964, no Brasil, buscou apoio de instituições, como IPES-IBAD, grupos conservadores da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e igrejas evangélicas, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), meios de comunicação de massa e de amplos setores das classes médias urbanas, com o objetivo de contribuir e proporcionar-lhe o mínimo de legitimidade. Nos dias 20 a 27 de setembro de 1964 ocorreu na cidade de Aracaju - SE a cruzada Cristo Esperança Nossa, uma campanha evangélica interdenominacional, ou seja, promovida e dirigida por várias igrejas protestantes do estado, porém, idealizada por presbiterianos com o apoio de missionários norte-americanos. Este evento fundamentou-se na conservação de valores morais e cristãos em meio à instauração de uma nova ordem político-institucional no país, marcada pelo autoritarismo. Investiga-se, com base na ideia de “campo político”, “poder simbólico” e habitus de Pierre Bourdieu (1996), esta cruzada associada a outras manifestações religiosas, como a campanha Cristo a Única Esperança (1965) da Bahia e a Cruzada de Ação Básica Cristã (1965) de Pernambuco, para comprovar a hipótese de que estes movimentos colaboraram para a difusão do ideário anticomunista no contexto da Guerra Fria, tendo de forma discreta se posicionado a favor da tomada do poder em 1964 e em defesa da “democracia cristã”. Estas ações, também, se enquadram no ambiente político favorável às Marchas, como a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, e outras campanhas de evangelização que representaram a defesa de postulados conservadores, típicos da sociedade daquele período.