Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATHEUS SILVA FREITAS
DATA: 12/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/bcx-mysd-yiz
TÍTULO: As Razões do Pessimismo: estudos para uma interpretação geral do pessimismo filosófico à luz de Schopenhauer, Eduard von Hartmann e Matias Aires
PALAVRAS-CHAVES: Pessimismo. Teoria da argumentação. Escola de Schopenhauer. Matias Aires.
PÁGINAS: 231
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO:
Esta tese busca estabelecer critérios claros sobre o que caracteriza uma doutrina ou perspectiva filosófica como pessimista. Muitas vezes, o pessimismo está associado à subjetividade, ao humor de quem o professa. O problema é se o pessimismo também pode ser fundamentado em razões objetivas. Por isso, como método, adotamos a lógica informal e manuais de teorias da argumentação, a fim de encontrar “tipos de razão” capazes de identificar objetivamente o pessimismo de uma filosofia. Para tanto, tomamos como estudo de caso a filosofia de Arthur Schopenhauer (1788-1860), pois sua doutrina da Vontade é a principal fonte disponível para reconstruir a base conceitual de uma filosofia pessimista. Se, por um lado, a filosofia de Schopenhauer é a que mais se presta a uma identificação, por vezes perigosamente reducionista, com o pessimismo, por outro lado, não se pode explorar toda a amplitude filosófica do pessimismo sem ir além da sua filosofia. Por estas razões, é necessário abordar o pessimismo schopenhaueriano numa perspectiva comparada, e faremos isso examinando os “tipos de razão” que também sustentam os argumentos pessimistas do autor considerado o membro mais proeminente da “Escola” de Schopenhauer e seu “discípulo metafísico”, a saber, Eduard Von Hartmann (1842-1906). Contudo, para garantir que tal investigação comparativa sobre os fundamentos do pessimismo filosófico seja, ao mesmo tempo, tão objetiva quanto possível, outro cuidado deve ser tomado. É preciso verificar se o pessimismo de uma filosofia pode ser sustentado independentemente dos conceitos de uma doutrina específica, seja a de Schopenhauer ou a de Hartmann, e do contexto histórico em que esses autores sistematizaram suas filosofias. Assim, nossa solução propõe, por fim, analisar os “tipos de razão” que levam o pensamento do filósofo luso-brasileiro Matias Aires (1705-1763), em suas Reflexões sobre a vaidade dos homens (1752), a ser classificado como “pessimista”. Como este livro foi publicado mais de trinta e cinco anos antes do nascimento de Schopenhauer, que tampouco o conheceu, temos uma suposta filosofia pessimista completamente autônoma em relação à influência de Schopenhauer.