Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ RODRIGO GOMES DE SOUSA
DATA: 28/07/2023
HORA: 09:30
LOCAL: PPGF on line Plataforma meet
TÍTULO: O SENTIDO DO DIZER HUMANO: UMA HERMENÊUTICA DA ALTERIDADE EM EMMANUEL LÉVINAS
PALAVRAS-CHAVES: Linguagem. Dizer. Desejo. Ética. Hermenêutica. Outro.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:
RESUMO: A presente tese tem como finalidade demonstrar que a ética da alteridade de Emmanuel Lévinas constitui-se em uma hermenêutica da alteridade. Lévinas se insere enquanto pensador de nosso tempo a partir de um horizonte reflexivo que está situado em um período entre guerras, marcado pela miséria e pelos totalitarismos emergentes. A sua proposta ética realoca a centralidade do eu e recoloca em cena a figura do outro e sua radicalidade. A virada que o filósofo realiza dentro do pensamento ocidental, além da crítica ao pensamento vigente, retira de sintonia o ser e o seu eixo centralizador reposicionando o outro em seu lugar. Desse modo, abre-se uma fenda para se pensar de outro modo, dando bases para se pensar além do ser. Por meio do sentido do humano que se dá a condição da possibilidade de toda a significação. Essa significação a qual Lévinas recorre é situada na ética. O itinerário que se pretende realizar para abalizar tal tese parte desde o desejo concebido enquanto erótico, nos primeiros escritos levinasianos, tomando como referências as obras Da existência ao existente e O tempo e o outro. O desejo encarado como desejo metafisico será abordado a partir de Totalidade e infinito, o desejo posto como categoria de abertura da interioridade para a exterioridade, saída do eu para outro sem que haja uma volta sobre si. Isso implica dizer que a ética é hermenêutica no sentido de que existindo uma relação entre o Eu e o Outro e a linguagem entendida como ponto de encontro com o Outro, essa relação com o Outro é linguagem, diálogo. O Outro se constitui como palavra ética, enquanto aquele que interpela e a resposta que o Eu oferece ao Outro é colocada como perspectiva hermenêutica.