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Banca de DEFESA: TOMAZ MARTINS DA SILVA FILHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TOMAZ MARTINS DA SILVA FILHO
DATA: 24/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão via Google Meet
TÍTULO: Educação e Prudência em Kant: a propósito do uso do juízo moral vulgar para a iniciação moral.
PALAVRAS-CHAVES: Juízo moral vulgar; Moralidade, Prudência, Civilização, Exemplos, Educação.
PÁGINAS: 216
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

Kant, ao buscar um fundamento seguro para a moralidade, parte da admissão do conhecimento moral vulgar que, por sua vez, produz um juízo moral vulgar. Esse tem em conta a apreciação da boa vontade como condição que o leva a formular uma noção do imperativo categórico. A partir disso, a tarefa da razão prática é submeter o juízo moral vulgar ao crivo da crítica para afastá-lo da influência de todos os fundamentos determinantes materiais práticos que lhe possam perverter. Por conta de sua imprecisão, tais fundamentos tornam o juízo moral frágil e sujeito à instabilidade. A depuração do juízo vulgar inicia, propriamente, quando a razão mesma se apresenta como origem do princípio supremo da moralidade por meio dos conceitos de boa vontade, dever, respeito e lei. Por isso, a divisão d os imperativos na Fundamentação é esclarecedora quanto à composição dos juízos morais, evitando confundir os princípios e fundamentos da moral com os da prudência. O juízo moral vulgar tem por obrigação distinguir os imperativos de prudência, dos imperativos de moralidade, visto que no plano formativo, a prudência é algo indispensável, pois por meio dela a educação pode encaminhar o discípulo (Lehrling) para a iniciação moral. Esse encaminhamento se dá mediante o uso de exemplos, enquanto a iniciação moral se dá pelo exercício da virtude; um aprendizado dos deveres por um método catequético (Katechetischen) socrático. Esse método é o mais apropriado para iniciar o aluno na moralidade, a saber, não somente nos conceitos morais, mas no p róprio exercício da moralidade que, na educação prática se chama virtude. Tal método também é chamado de erotemático, quando o professor interroga seu discípulo sobre aquilo que quer ensinar; ele sonda primeiramente os juízos morais provenientes de um conhecimento moral da razão vulgar, para dele extrair o princípio da moralidade aí latente. O objetivo do trabalho é compreender o uso do juízo moral vulgar na iniciação moral, que possui um forte traço pedagógico. A tese está organizada em cinco capítulos que tomam como fio condutor a análise das obras Fundamentação e Pedagogia e subdivide-se em duas partes: a primeira é um esboço da filosofia moral, tendo como ponto de partida o elemento primitivo do dever, expresso no juízo moral vulgar. Nessa parte, temos o primeiro capítulo que expõe a relação de dependência do juízo moral vulgar com os fundamentos determinantes materiais práticos e o segundo capítulo que evidencia a relação do ajuizamento moral com a própria razão pura prática. No terceiro capítulo, que se põe como elemento de transição entre a primeira parte da tese e a segunda, apresentamos os imperativos hipotéticos, como sendo o regramento da razão para fundamentos determinantes matérias práticos e os juízos que daí proveem. Nesse capítulo damos destaque especial à prudência e seus sentidos (Sinn), sendo ela um uso que fazemos dos demais para nosso bem-estar. A segunda parte da tese, que trata dos temas referentes à educação e moralização do homem, inicia propriamente, no tópico final do te rceiro capítulo. Nesse tópico tratamos do aspecto instrutivo da prudência, ou seja, o homem aprende por meio dela a fazer uma análise de seus erros e acertos pragmáticos. A partir dessa análise o homem disciplina-se e torna-se civilizado, isso só é possível mediante uma ponderação das circunstâncias, um aprendizado que se dá com o passar dos anos; é uma instrução mediante a experiência. Posto isso, o quarto capítulo busca relacionar os conceitos de ideia, teoria e arte de educar, tendo em vista o desenvolvimento das disposições naturais. Nessa parte damos relevância às etapas iniciais da formação humana, o cuidado e a disciplina. O quinto e último capítulo leva em consideração a importância da prudência no processo educativo e sua relação com o conceito de cultura, tendo em vista sua utilidade para a iniciação moral. Para tanto, defendemos que, assim como o homem comum parte do juízo moral vulgar para formular o imperativo categórico, a iniciação moral também deve partir daí, do mais elementar sobre a moralidade. Por meio do juízo moral vulgar o homem sabe diferenciar o bem-estar do mal-estar (Wohl ou Ubel), mas também o moralmente bom do moralmente mal (Gute ou Böse). Tal juízo inicia seu trajeto de esclarecimento fazendo uso dos exemplos, elemento muito útil para instrução pragmática, mas também para a iniciação moral. Embora, não se possa fazer uso com frequência deles, é um incentivo para a constância de propósito no exercício da virtude.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1015844 - ARTHUR EDUARDO GRUPILLO CHAGAS
Presidente - 426619 - EDMILSON MENEZES SANTOS
Interno - 1698693 - EVALDO BECKER
Externo à Instituição - ROBERTO RIVELINO EVANGELISTA DA SILVA
Interno - 2631929 - SAULO HENRIQUE SOUZA SILVA

Notícia cadastrada em: 25/01/2023 09:01
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