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Banca de QUALIFICAÇÃO: JEDIEL ALVES DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JEDIEL ALVES DE OLIVEIRA
DATA: 29/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: A definir
TÍTULO: Vico e a tradição retórica
PALAVRAS-CHAVES: Giambattista Vico, Retórica, Cartesianismo, Pedagogia.
PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

Esta pesquisa trata da crítica empreendida pelo filósofo Giambattista Vico (1688-1744) ao modelo pedagógico e científico vigente em sua época, que a princípio ele discute em uma obra de juventude, o De Ratione (1709), e depois desenvolve em sua obra magna, a Ciência Nova (1744). Muito influenciado pelo cartesianismo, a Ratio Studiorum (método de estudo) a qual Vico se opõe, provocaria, segundo o filósofo, a fragmentação do conhecimento em diversos campos dos saberes na modernidade, além de romper com os preceitos da tradição retórica que servia de base ao humanismo cívico do qual Vico pode ser considerado um expoente tardio. Frente a esse processo disseminado pelo cartesianismo, Vico irá retomar alguns preceitos da tradição médico/retórica, sobretudo os pensadores antigos Hipocrates e Cícero, que servem de base para alicerçar sua crítica ao cartesianismo. Nesse sentido, para dar conta do nosso assunto será imprescindível acompanhar minimamente os pontos básicos dessa tradição a qual Vico se refere. Todavia, devemos frisar que o intento viquiano não se dá necessariamente porque a Rotio Studiorum alterou a produção de conhecimento da modernidade, mas sim por suas consequências futuras. Vico mostra que o processo de especialização das ciências ao invés de torná-las mais eficientes pode justamente surtir o efeito contrário, tornando-as estéreis. Além disso, outra preocupação de Vico diz respeito à pedagogia. Assim, de um ponto de vista pedagógico, o cartesianismo, para Vico, desprestigia faculdades importantes ao desenvolvimento da criança ao sugerir um método pautado na arte crítica ou arte de julgar, ou seja, um método que dá relevo às ciências apodíticas e formais como álgebra, matemática e geometria em detrimento das artes humanas, como a história, a retórica, a poética e o direito, que tratam do possível, do provável e do verossímil. Aos olhos de Vico essa formação gera danos ao engenho agudo que compreende as faculdades ligadas ao sensível como a memória, a imaginação e a inventividade, que são cruciais ao desenvolvimento cognitivo e social, bem como à prática política. Vico mostra que a negligência da Ratio Studiorum frente a estas faculdades pode acarretar prejuízo na formação de sujeitos, tornando-os inaptos à vida civil, ao debate político e à possibilidade refletir sobre suas próprias condições. Frente a isso, Vico propõe um modelo pedagógico mais abrangente que preserve a critica e a tópica inventiva que é um preceito fundamental da tradição retórica. Essa formação complementar e processual evitaria danos à faculdades importantes e, por conseguinte, que o pensamento especializado se tornasse mero instrumento de domínio, provocando o que Vico chama na Ciência Nova de “barbárie da reflexão”.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1821062 - ANTONIO JOSE PEREIRA FILHO
Interno - 2555548 - CHRISTIAN LINDBERG LOPES DO NASCIMENTO
Interno - 1820840 - MARCOS FONSECA RIBEIRO BALIEIRO

Notícia cadastrada em: 15/08/2018 14:44
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