Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSÂNGELA SOUSA DE ALMEIDA
DATA: 20/07/2015
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 02 do Polo de gestão
TÍTULO: NARRAÇÃO E EDUCAÇÃO EM VALTER BENJAMIM
PALAVRAS-CHAVES: Narração, educação, experiência e teatro Brechtiano.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:
A presente dissertação busca estudar a relação entre narração e educação na perspectiva benjaminiana. Para tanto, seguiremos o seguinte percurso, dividido em dois momentos. No primeiro momento, abordaremos alguns textos escritos na juventude do autor, como A vida dos estudantes e, em seguida, passaremos à análise dos textos Experiência e pobreza (1933) e O Narrador (1936), nos quais é tematizado o diagnóstico de crise na modernidade, provocadas pelo avanço da técnica e do capitalismo e, segundo a tese de Benjamin, isso ocasiona a substituição da “experiência” (Erfahrung) coletiva pela “vivência” (Erlebnis) subjetiva e fragmentária, o que permite explicar o desaparecimento da arte de narrar e de transmitir saber. Diante desse quadro, buscaremos uma resposta para a seguinte pergunta: será possível com o fim das narrativas tradicionais, construir novas formas narrativas que reconheçam e tentem superar a pobreza da condição humana e que venham, assim, desempenhar uma função na formação (bildung) dos sujeitos na modernidade? Se Baudelaire, através da “experiência do choque” presente em sua obra, é visto por Benjamin como um exemplo para se pensar a poesia lírica no auge do capitalismo, no campo da prosa, a obra de Proust ou Kafka, são alguns exemplos de novas formas de narrativa que, cada qual a seu modo, suscitam reflexão nos leitores. Ora, no segundo momento do nosso estudo, mostraremos que a obra teatral de Brecht, através de técnicas de “estranhamento”, produz efeito análogo nos espectadores. Assim, nesta parte da dissertação, o intuito é compreender como se apresenta os mecanismos estéticos revolucionários presentes no teatro “épico” ou “narrativo” desenvolvido por Brecht e que Benjamin analisa no texto O que é o teatro épico? Assim, indicaremos o teatro “didático” com os seus aparatos de fazer pensar, como vemos no Programa de um Teatro Infantil Proletário, como um mecanismo de aprendizagem fundamental, conforme Benjamin.