Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VAGNER GOMES RAMALHO
DATA: 10/07/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do polo de gestão/pós-graduação
TÍTULO: Os problemas centrais do desenvolvimento da ciência segundo Thomas S. Kuhn Explicação e análise do modelo proposto em A estrutura das revoluções científicas
PALAVRAS-CHAVES: Filosofia da ciência; paradigma; descoberta; revolução científica, positivismo.
PÁGINAS: 27
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:
O livro A Estrutura das revoluções científicas, de Thomas S. Kuhn, foi recebido pela comunidade filosófica e científica como um texto revolucionário. Nele, Kuhn propõe uma forma de compreender o desenvolvimento científico a partir de uma relação entre filosofia, história e ciência, na qual o trabalho científico é investigado como uma tentativa de se aproximar da realidade por meio de investigações orientadas por um paradigma. Durante o período de estabilidade, o qual Kuhn denomina de ciência normal, o paradigma serve como uma espécie de arcabouço teórico-metodológico que direciona a pesquisa, gerando expectativas quanto à compreensão da realidade. No entanto, quando os paradigmas não conseguem mais garantir as expectativas geradas, estas vão cedendo lugar à problemas que colocam em ‘xeque’ sua capacidade de fornecer respostas. Procuraremos investigar nesta Dissertação, como o modelo proposto por Kuhn para compreender o desenvolvimento da ciência é apresentado na Estrutura, relacionando os temas centrais presentes na obra à ideia de mudança científica que é defendida como não sendo cumulativa, ou seja, paradigmática. A mudança de paradigma, ponto em destaque na obra de Kuhn e aqui, é caracterizada como uma sucessão da compreensão sobre a realidade em voga (paradigma atual) por outra que se mostre mais apropriada. Ainda discorreremos sobre como as teses de Kuhn são capazes de conter um modelo que explique o progresso científico, marcado por períodos de estabilidade e instabilidade. Utilizaremos como exemplo das transformações descritas no suposto modelo a passagem do período Medieval ao Moderno, sobretudo no contexto da produção do conhecimento. É seguro que as discussões suscitadas pela Estrutura causaram controvérsias, pois ela pode ser considerada como uma contra argumentação ao positivismo, dominante durante a primeira metade do séc. XX. Em vista disso, examinaremos a obra de Kuhn como tese concorrente ao positivismo, levando em consideração a complementação que Kuhn propõe à Estrutura a partir de seu posfácio de 1969 e na série de artigos intitulada de O caminho desde A Estrutura.