Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLEVERTON ALVES DE SOUZA
DATA: 31/05/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Ambiente Remoto
TÍTULO: POPULAÇÃO COM HIV E AIDS: TRAÇOS DA REALIDADE SOCIOEPIDEMIOLÓGICA EM ARACAJU/SE
PALAVRAS-CHAVES: POLÍTICA PÚBLICA. SUS. HIV e AIDS.CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social da Saúde
RESUMO:

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), infecção ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), enquanto questão complexa de saúde pública mundial, é marcada por transformações, preconceitos, contradições e tensionamentos sociais em seu enfrentamento. Em tempos de ofensiva do capital, são adotadas estratégias que beneficiam a política macroeconômica, com implicações na esfera do direito e nas políticas sociais. Esse cenário, no Brasil, tem conformado tendências para a política de saúde que destoam dos princípios e diretrizes constitucionais, com reflexos nas respostas contra o vírus através de inclinações que focalizam os recursos nas intervenções biomédicas, retiram investimentos nas ações preventivas e desmobilizam as atividades desenvolvidas pela sociedade civil. Diante disso, esta investigação teve como objeto de estudo a população que vive com HIV e AIDS em Aracaju-Sergipe, no período de 2016 a 2020. O objetivo geral foi analisar a ocorrência da infecção ao HIV e os diagnósticos de AIDS no munícipio de Aracaju, a partir de dados da Secretaria do Estado da Saúde de Sergipe (SES). Como objetivos específicos, foram definidos: 1) Caracterizar os aspectos sociodemográficos (escolaridade, sexo designado ao nascer, faixa etária e o quesito raça/cor) das pessoas com HIV e dos indivíduos diagnosticados com AIDS; 2) Averiguar as formas de transmissão; 3) Identificar os casos de gestantes com HIV e AIDS; 4) Verificar os registros de HIV e AIDS por ano de diagnóstico e casos de óbitos. Ao desvelar a realidade deste segmento populacional, esta pesquisa trouxe para o debate elementos importantes que possibilitam refletir sobre essas mudanças em âmbito nacional e local, sempre em articulação entre contexto, realidade e os sujeitos. No que toca aos aspectos metodológicos, tratou-se de um estudo de caráter exploratório com abordagem qualitativa-quantitativa, fundamentado no método materialista histórico-dialético, e que utilizou as pesquisas bibliográfica e documental. Constatou-se a ocorrência de 1073 casos de HIV na capital aracajuana, com predominância nos seguintes indicadores: 76,0% são homens; faixa etária de 20 a 34 anos (58,1%); 79,2% são negros (73,3% pardos e 5,9% pretos); ensino médio completo (30,5%); heterossexuais (43,9%, destes, 0,3% faz uso de drogas injetáveis); residentes na zona urbana (97,5%); 4,7% são gestantes e o percentual de óbitos foi de 1,3%. Quanto à AIDS, verificou-se um total de 691 casos, com prevalência nos seguintes indicadores: 78,1% são homens; entre 20 a 34 anos (42,4%); 85,0% são negras (79,8% pardos e 5,2% pretos); ensino médio completo (25,0%); heterossexuais (51,8%, destes, 1,0% usam drogas injetáveis); moram na área urbana (97,6%); 1,0% são gestantes e houve 12,9% de óbitos. Tal ambiência, ainda que apresente singularidades, reflete a situação epidêmica em nível nacional, a qual indica a necessidade de compreender esses indivíduos na teia das múltiplas determinações imbricadas na suscetibilidade ao vírus e ao desenvolvimento da patologia, que se relaciona, entre outros fatores, às relações desiguais de classe, gênero e raça/etnia e desproporcionalidade na concentração de renda; como também sinaliza a importância de garantir o acesso ao direito e a assistência à saúde de forma equânime e intersetorial.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2178437 - VANIA CARVALHO SANTOS
Interno - 3307484 - NELMIRES FERREIRA DA SILVA
Interno - 051.569.985-34 - MARIA DA CONCEICAO VASCONCELOS GONCALVES