Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAINA ROCHA DOS SANTOS
DATA: 29/04/2020
HORA: 09:00
LOCAL: PLATAFORMA CAFÉ
TÍTULO: Mundo do trabalho e contemporaneidade: as (novas) estratégias de administração do desemprego.
PALAVRAS-CHAVES: Desemprego. Empreendedorismo.Estado. Políticas Públicas.
PÁGINAS: 189
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social do Trabalho
RESUMO:
Esta pesquisa de inspiração crítico-dialética marxiana, objetiva analisar a direção e a abrangência das estratégias do Estado no enfrentamento ao desemprego, diante do capitalismo contemporâneo, buscando ressaltar como este vem se expressando na particularidade brasileira, a partir da estruturação do modo de produção capitalista no Brasil. Procurou-se destacar as determinações e tendências das Políticas de Emprego, com foco em suas ações empreendedoras, frente ao recuo ou enaltecimento da superpopulação relativa. A opção metodológica recaiu na pesquisa de cunho qualitativo, do tipo documental e bibliográfica. Para tanto, toma como fontes a bibliografia pertinente aos fundamentos da Lei Geral de Acumulação Capitalista, de Karl Marx, para aprofundar a essência do desemprego, decorrente das contradições existentes no processo de expansão e acumulação do capital.
Visando compreender a tônica do desemprego, tornou-se imprescindível o entendimento da relação capital-trabalho, como fundamento deste, bem como seu conceito como expressão da questão social, para com isso, captar sua particularidade no Brasil e sua face contemporânea, principalmente através da apreensão das medidas de enfrentamento ao mesmo. Desse modo, observando que o atual quadro do desemprego no Brasil difundiu a ideologia, nas políticas sociais, do trabalho autônomo como meio viável à garantia da empregabilidade, vê-se uma realidade que se estabeleceu no país após os desdobramentos da crise estrutural nas décadas de 1980/90, pautada na reestruturação produtiva que uniu o esgotamento do padrão de industrialização ao projeto Neoliberal, acarretando o desmonte do frágil estatuto de políticas sociais existentes, implantado com a Constituição de 1988: ao impor uma reforma administrativa do Estado, cortes nos gastos sociais, privatizações, apropriações do fundo público, desregulamentações das relações de trabalho e a financeirização do capital, tornou-se visível a barbarização da questão social, principalmente quando da manifestação do desemprego crônico, da terceirização e da supervalorização das relações informais. Perpassando o entendimento de que a força de trabalho expropriada passou a ser incentivada à uma nova inserção/adaptação no mundo do trabalho, tendo a máxima do empreendedorismo como uma das bases ao alcance do autoemprego (tendo em vista a tônica da subsunção do trabalho maquiada pela fórmula autônoma – como uma das medidas de enfrentamento, mas não única), e apreendendo as medidas capitalistas de enfrentamento ao desemprego, a hipótese aqui aventada é a de que as políticas de emprego apresentam-se como mecanismos de controle do capital sobre o trabalho, contando com o aparato estatal, tornando evidente, no presente século, o fato de que a expansão do trabalho precário (com todas as suas ramificações) tornou-se um dos meios para minorar a explosão do desemprego