Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALLAN DANTAS DOS SANTOS
DATA: 29/04/2013
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PRODEMA
TÍTULO:
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DISTRIBUIÇÃO DA INFECÇÃO POR Schistosoma mansoni NA COMUNIDADE DO BAIRRO SANTA MARIA, ARACAJU-SE
esquistossomose mansônica; fatores de risco; análise espacial
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária grave, de veiculação hídrica e evolução crônica, cujo agente etiológico é o Schistosoma mansoni. Trata-se de uma das doenças parasitárias mais prevalentes no mundo. Ocorre em 74 países, com 207 milhões de pessoas infectadas e 700 milhões em áreas de risco e há anos vem sendo neglicenciada. Em Sergipe a doença vem se expandindo da zona rural para áreas periurbanas, sendo os fatores causais desse processo de expansão e urbanização dessa endemia ainda não elucidados, caracterizando assim um potencial problema de saúde pública. Este estudo objetivou determinar a associação entre os fatores de riscos identificados com a distribuição da infecção pelo S. mansoni, na comunidade do bairro Santa Maria, município de Aracaju-SE. Trata-se de um estudo epidemiológico e transversal. A pesquisa foi realizada em 04 momentos: a) inquérito malacológico; b) inquérito coproscópico censitário; c) aplicação de questionário para levantamento dos fatores de risco socioeconômicos, comportamentais, ambientais e de contato com as águas associados à ocorrência e transmissão da doença; d) análise georeferenciada dos focos de tranmissão da doença e dos casos humanos de Esquistossomose. A análise espacial da distribuição da infecção no bairro foi realizada através do programa TerraView utilizando o estimador de intensidade Kernel. Na análise dos dados foram utilizados os programas Excel 2007, GPS TrackMaker Pro, TerraView 4.1.0. A análise estatística foi realizada através dos Teste Qui-Quadrado, Teste G e Regressão Logística Múltipla. Constatou-se que a prevalência da infecção foi foi de 5,4%, em 2011; prevaleceu a infecção leve com 72,7% segundo carga parasitária (OPG); em relação ao sexo dos sujeitos infectados, a infecção pelo S. mansoni prevaleceu no sexo masculino 63,7%. Foram identificados 444 casos de Esquistossomose mansônica no ano em estudo. As eliminações maiores de ovos de esquistossomose acometeram mais os adolescentes e adultos jovens da faixa etária de 10 a 39 anos. Os indivíduos sob o maior risco para adoecer de esquistossomose são os que residem próximo aos mananciais, com suas residências acumulando água no quintal no inverno, em ruas não asfaltadas, onde o indivíduo e o chefe da família possuem baixa escolaridade, do sexo masculino e em idade produtiva (10 – 59 anos), que não realizam tratamento da água no domicílio e que tem constante contato com águas. No inquérito malacológico, foram levantados 147 caramujos da espécie Biomphalaria Glabrata, sendo 19,17% a taxa de infecção pelo S. mansoni em 22 focos transmissores da doença. A análise espacial dos criadouros e focos da Biomphalaria Glabrata apontam a existência de três áreas (aglomerados) de principais riscos e a visualização de áreas de maior concentração de casos expostos a diferentes graus de risco dessa infecção Os resultados da pesquisa possibilitam oferecer, aos serviços municipais de saúde, um instrumento que facilite a compreensão da ocorrência e distribuição espacial da Esquistossomose.