Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERTALINE MENEZES DO NASCIMENTO
DATA: 06/03/2013
HORA: 16:00
LOCAL: Sala 27 do NPGME - HU
TÍTULO:
Perfil de citocinas relacionadas à disfunção endotelial em pacientes com deficiência isolada, vitalícia e severa do hormônio do crescimento
PALAVRAS-CHAVE: Disfunção endotelial, DIGH, Citocinas.
A disfunção endotelial é caracterizada por uma intensa atividade inflamatória ativada em resposta a uma lesão no endotélio. Embora o conceito da aterosclerose como doença inflamatória não seja mais controverso, a regulação dos processos inflamatórios e suas consequências patogênicas ainda não estão totalmente elucidadas. Em uma população da cidade de Itabaianinha, indivíduos com uma DIGH apesar de apresentarem fatores de risco cardiovasculares inerentes à deficiência do GH, os diversos estudos desenvolvidos até o momento não encontraram nesses pacientes alterações cardiovasculares e sinais precoce ou tardio de disfunção endotelial. Essa mesma população após um tratamento de 6 meses com GH apresentou um aumento na EMIC e na incidência de placas aterosclerótica, contradizendo estudos anteriores. OBJETIVOS: Foi avaliado o perfil de citocinas inflamatórias relacionadas à disfunção endotelial em pacientes com deficiência congênita, severa e vitalícia do hormônio do crescimento. MATERIAIS E MÉTÓDOS: A amostra foi composta por 20 pacientes com DIGH sendo 12 tratados com GH quando adultos, 04 tratados com GH na infância e 04 nunca tratados e 20 pacientes do grupo controle, pareados por idade. Foram realizados dosagens séricas de IL-4, IL-6, TNF-α pela técnica ELISA e PCR pela técnica do látex, a EMIC foi mesurada com um duplex scan 1 cm abaixo da bifurcação das carótidas e foi realizado ecocardiograma em repouso. Os grupos foram comparados com o teste de Man-Whitney.RESULTADOS: No dados antropométricos o grupo com DIGH apresentou menor altura e peso (p ˂ 0,0001), porém o IMC 24,25 ± 5,2 e 24,3 ± 4,5; p = 0,48 foi semelhante. Na avaliação ecocardiográfica encontramos menor IMVE (p ˂ 0,0001), DDVE (p=0.0069) e na FE (p=0.0031) no grupo DIGH, porém não houve diferença na PP(p=0.2085) e no SEPTO (p=0.0881). A EMIC foi semelhante entre os grupos (p=0,1396). Não houve diferença na produção de IL-4 (P=0,57) e TNF-α (p=0,43), no entanto o grupo CONTROLE produziu mais IL-6 (p=0,033) e o grupo DIGH produziu mais PCR (P=0,0004). DISCUSSÃO: A semelhança no SEPTO e na PP pode ser justificada pelas alterações estruturais permanentes no VE evidenciadas no estudo de OLIVEIRA (2010) e Araújo (2012) após o tratamento dessa população por 6 meses com GH.A baixa produção de IL-4, IL-6 e TNF-α no grupo DIGH justifica, nessa população, a ausência de sinais de disfunção endotelial como o aumento da EMIC e o surgimento de PAt além de corrobarar com dados publicados anteriormente sobre a ausência de resistência a insulina e a produção normal de adiponectina e baixa de leptina. Contudo os níveis aumentado de PCR sugerem uma ativação da resposta inflamatória por outra via que não a do TNF-α e da IL-6. Uma avaliação mais detalhada do perfil imunológico dessa população se faz necessária com o objetivo de encontrar peças-chave que respondam de forma esses indivíduos, a despeito dos fatores de risco, não apresentam alterações cardiovasculares mesmo com níveis aumentados da PCR.