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Banca de DEFESA: PEDRO VICTOR OLIVEIRA GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO VICTOR OLIVEIRA GOMES
DATA: 27/05/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meeting - https://meet.google.com/bym-rxhh-wso
TÍTULO: "ANÁLISE MULTITEMPORAL DOS AJUSTES MORFOLÓGICOS NO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO (NORDESTE, BRASIL): IMPACTOS DA BARRAGEM DE XINGÓ NA DINÂMICA FLUVIAL"
PALAVRAS-CHAVES: Morfologia Fluvial, Descarga Efetiva, Rios Barrados, Estreitamento de Canal
PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geologia
ESPECIALIDADE: Sedimentologia
RESUMO:

A construção de sucessivas barragens ao longo do curso do Rio São Francisco tem impacto direto sobre a redução da vazão à jusante da região represada, o que tem implicado na diminuição da capacidade de transporte sedimentar do rio tronco imediatamente à jusante, e em alguns casos afetado toda carga sedimentar da bacia hidrográfica, como naquelas localizadas no baixo curso do sistema de drenagem. Como resultado, regiões como o Baixo Curso do Rio São Francisco, localizado em uma região de planície entre os estados de Sergipe e Alagoas, vem sofrendo com o intenso rebaixamento do nível de base, problemas de erosão e assoreamento a partir da construção da usina de Xingó em 1994, último barramento do rio. Entretanto, o dimensionamento pontual dos trechos com ganhos e perdas de sedimentos tem sido pouco discutido, especialmente no que diz respeito à escala de tempo e ao modo de construção de elementos morfológicos. Como forma de classificar, quantificar e distribuir a variação destes ajustes morfológicos na escala de décadas e discutir a influência que Xingó vem exercendo sobre os ajustes morfológicos à jusante, a presente dissertação analisou imagens de satélite dos últimos 35 anos para um mesmo trajeto de 185 km de extensão do baixo curso do Rio São Francisco, divididos em três grupos (G1, G2 e G3) entre a barragem de Xingó e o município de Penedo. Os resultados mostraram uma tendência de estreitamento do canal principal (20 %) superior a quantidade de áreas em que o rio sofreu alargamento. No período anterior à construção de Xingó (1985-1992), enquanto a vazão defluente manteve-se acima de 2,000 m3/s os elementos morfológicos estiveram em equilíbrbio. Contudo, entre 1996 to 2018, os três grupos analisados registraram estreitamento de canal, o que contraria alguns trabalhos publicados nas últimas duas décadas, que indicam em média o predomínio de processos degradacionais do rio tronco, mesmo com o aumento no número de barras expostas de meio de canal. Os modos de transporte e deposição podem explicar estas divergências. Sugere-se que o aumento do número de barras de meio do canal em G1, por exemplo, esteja relacionada com acresção de sedimentos arenosos provenientes da erosão das margens e de áreas rasas dentro do canal. Dentro deste grupo o trecho 1, mais próximo à Xingó, sofreu a maior redução dentre todos (40%) e aventa-se que isto possa sofrer influência de depósitos de delta formados pelo desconfinamento de rios tributários. Em G2 prevalecem processos de transformação de canais ativos em planícies de inundação, resultado da diminuição média da largura em 22 %. G3 é o grupo mais crítico com reduções de largura da ordem de até 42% após 1994, explicada pelo abandono progressivo de canais secundários que propiciou a expansão de barras alternadas e de meio de canal. Outros fatores como clima e variações hidrológicas contribuíram para estes ajustes morfológicos, como a duração de eventos de seca extrema na escala de centenas de anos, após 2012 somado a redução de vazão média abaixo 1,000m3/s. Tais ajustes podem ser considerados como produto de mudanças climáticas no nordeste e sudeste do Brasil registrados nas útlimas duas décadas. Portanto a determinação de valores de descarga efetiva são extremamente importantes, e para isto recomenda-se a coleta de dados de carga de fundo, do aporte de sedimentos dos tributários, e de séries históricas de mais alta frequência para que seja possível a redução de incertezas no cálculo da vazão efetiva. Somados a estes fatores a diminuição de pluviosidade tem obrigado o aumento da extração de água ao longo do baixo curso para manutenção de lavouras. Com a previsão de menor frequência de chuvas na bacia de captação do baixo São Francisco é provável que a descarga diminua ainda mais. Neste sentido é urgente que políticas públicas regulamentem o uso dos recursos da bacia, uma vez que descargas mínimas não podem mais ser praticadas na região do baixo curso.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1075334 - FELIPE TORRES FIGUEIREDO
Interno - 1292226 - ANA CLAUDIA DA SILVA ANDRADE
Externo à Instituição - CRISTIANO PADALINO GALEAZZI

Notícia cadastrada em: 21/05/2021 10:22
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