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Banca de DEFESA: LUCAS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS SANTOS SILVA
DATA: 30/07/2021
HORA: 13:30
LOCAL: meet
TÍTULO: Análise acústica ou de oitiva? Contribuições para o estudo da palatalização em Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Palatalização. Analise acústica. Sociolinguística. Fonética. Fonologia. Gradiência
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Sociolingüística e Dialetologia
RESUMO:

As realizações palatalizadas de /t/ e /d/, como em tia/ʧia ou dia/ʤia, configuram-se como um marcador dialetal no Português Brasileiro e ecentemente tem emergido na fala de sergipanos (SOUZA NETO, 2014 [2008]; SOUZA, 2016; CORRÊA, 2019). Contribuindo com a descrição da palatalização em Sergipe, e tendo em vista que processos fonológicos da fala podem ser transpostos para a leitura (PINHEIRO et al., 2017, SOUZA; SILVA; DE ARAÚJO JÚNIOR, 2020; FREITAG, 2020), o nosso objetivo geral é examinar características acústicas na palatalização de /t/ e /d/ na leitura em voz alta de estudantes de diferentes perfis geográficos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), descrevendo as realizações em três níveis: oclusiva alveolar [t, d], oclusiva alveolar com efeito de aspiração [tʰ] e alveolopalatal [ʧ, ʤ]. Como referencial teórico, baseamo-nos nas perspectivas da sociofonética (FOULKES et al., 2010; GONÇALVES; BRESCANCINI, 2017), área que põe no limiar as áreas da Sociolinguística e da Fonética. Como método, nosso corpus de investigação é composto por 36 gravações de leituras em voz alta do texto Vida de Cinema, de Érico Veríssimo (2019), realizadas com alunos de graduação da UFS, campus Professor José Aloísio de Campos (São Cristóvão/SE), estratificados a partir de sua região de origem, em três deslocamentos: I) moradores da grande Aracaju (nascidos e criados); II) moradores do interior do estado (nascidos e criados) que se deslocam no movimento pendular para estudar na universidade; III) nascidos e criados no interior, mas que vieram morar na capital por causa da universidade. A categorização acústica do fenômeno foi analisada no PRAAT (BOERSMA; WEENINK, 2017). A partir de 831 dados, foram realizadas três análises: (I) comparação entre leitura e fala (comparativo entre os dados de fala espontânea [CORRÊA, 2019], com categorização de oitiva, e os dados de leitura em voz alta, com categorização acústica); (II) análise categórica (descrição do fenômeno em três níveis - oclusivas alveolares, oclusivas alveolar com efeito de aspiração e alveolopalatais); e (III) análise acústica (utilizada para analisar a duração do tempo do início de vozeamento - VOT - nos três níveis analisados). Na comparação entre leitura e fala, observamos maiores taxas de ocorrência de palatalização na leitura em voz alta (48.98%) do que na fala (12.75%), resultado associado aos critérios acústicos para a identificação do fenômeno, ao prestígio da palatalização na comunidade e ao fato da tarefa de leitura ser altamente monitorada e consciente pelos estudantes. Quanto à análise categórica, os resultados apontam que a produção de oclusivas aspiradas e alveolopalatais emerge, inicialmente, nos universitários da grande Aracaju e recém-chegados à UFS, e os contextos favorecedores para esta emergência são os das fricativas alveolopalatais (em contexto precedente), das vogais orais (em contexto seguinte), das sílabas tônicas e postônicas finais, dos sons desvozeados, seguindo a tendência de estudos prévios (BARBOZA, 2013; SOUZA NETO, 2014 [2008]; SOUZA, 2016; SILVA FILHO, 2018; CORRÊA, 2019). Em relação à análise acústica, as médias de VOT para as realizações desvozeadas analisadas foram de 31.5 ms para as oclusivas alveolares, 50.7 ms para as oclusivas aspiradas e de 80.0 ms para as alveolopalatais, com diferenças estaticamente significativas quando associadas à região dialetal do estudante, sexo/gênero, contexto seguinte e tonicidade. Com a proposta da análise acústica, os resultados sinalizam o estágio avançado para a consolidação das realizações alveolopalatais e os efeitos do deslocamento, do ambiente acadêmico e dos contextos fonotáticos específicos na emergência de usos linguísticos. Destacamos a limitação da amostra, sobretudo, no que diz respeito à assimetria dos contextos linguísticos analisados. A ampliação para contextos mais pareados pode ampliar o poder explanatório da emergência na palatalização em Sergipe.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1505794 - RAQUEL MEISTER KO FREITAG
Externo ao Programa - 1694804 - RENE ALAIN SANTANA DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 2697204 - ANTONIO FÉLIX DE SOUZA NETO
Externo à Instituição - CLAUDIA REGINA BRESCANCINI

Notícia cadastrada em: 20/07/2021 14:20
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