Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALDILENE VIEIRA PINTO
DATA: 25/06/2018
HORA: 10:00
LOCAL: AUDITÓRIO DE GEOGRAFIA (térreo)
TÍTULO: ENTRE O SACRO E O POLÍTICO, A SUBJETIVAÇÃO DE MARCELO DÉDA
PALAVRAS-CHAVES: Pronunciamentos; Sacralização; Discurso; Poder-saber
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

O presente trabalho consiste em uma análise discursiva de três pronunciamentos do ex-governador Marcelo Déda: o primeiro é o de posse enquanto governador do Estado, em 01 de janeiro de 2007, marcando o início de seu primeiro mandato; o segundo refere-se à comemoração da formatura dos alunos do Instituto Luciano Barreto Júnior, em 18 de janeiro de 2011; o terceiro aconteceu por ocasião da solenidade da lei de sansão do Proinveste, em 2013, ano de seu falecimento. À luz da Análise ‘Arque-genealógica’ do Discurso; da Teoria da Argumentação, com atenção, principalmente, no ethos discursivo, propomos compreender os movimentos de sentidos provenientes da investigação desses pronunciamentos. Por assumirmos tais pressupostos teóricos, adotamos um viés da história, não numa perspectiva linear; ao contrário disso, concordamos com Foucault (2014), o qual rompe com tal perspectiva, apontando a História como um gesto de interpretação. Nosso objetivo principal é, pois, refletir sobre a subjetivação do ex-governador Marcelo Déda, observando em que medida tal processo ocorre em relação à política, à religião, à história, a partir dos pronunciamentos elencados. Para realizarmos tal reflexão, percebemos que o nosso corpus reclamava alguns recortes discursivos, dentre os quais selecionamos estes quatro: o discurso verdadeiro; o discurso do/sobre o saber/poder; o discurso do/ sobre o cuidado de si; o discurso religioso. A partir desses recortes, examinamos algumas sequências discursivas, ao longo de todo o trabalho. Como mencionado, no que se refere à Teoria da Argumentação, o nosso dispositivo teórico tem como base Amossy (2008); Fiorin (2015); Maingueneau (2006; 2008), em que estudamos o jogo de imagens entre o locutor (Déda) e o interlocutor (o povo). Quanto à análise “Arque-genealógica” do discurso, estamos ancoradas em Foucault (1977; 1978; 2008; 2013a; 2013b; 2013c; 2014), a partir de cujas teorias examinamos a interface entre o discurso religioso e o político; o discurso do poder/saber, do poder/verdade; o cuidado de si. Como resultados das análises, nesse estágio da pesquisa, verificamos o modo como o poder produziu um saber necessário, ou seja, como a religião, em torno do locutor Déda produziu um saber político.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3443837 - MARIA EMILIA DE RODAT DE AGUIAR BARRETO BARROS
Interno - 1305011 - FABIO ELIAS VERDIANI TFOUNI
Externo ao Programa - 2026538 - ISABEL CRISTINA MICHELAN DE AZEVEDO