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Banca de DEFESA: MEYRE JANE DOS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MEYRE JANE DOS SANTOS SILVA
DATA: 31/01/2017
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Letras
TÍTULO: A RESISTÊNCIA NOS DISCURSOS FEMININOS DA CAMPANHA DA ANISTIA EM SERGIPE (1978 – 1988)
PALAVRAS-CHAVES: Análise do Discurso; campanha da anistia; discurso feminino; ditadura militar; resistência.
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

O presente trabalho consiste em uma análise de discursos das mulheres sergipanas que atuaram na campanha da anistia, na ditadura militar brasileira, no período de 1978 a 1988. Nosso interesse foi verificar, nesses discursos, indícios e formas de resistência ante a repressão e as torturas a que foram submetidas, bem como evidenciar suas contribuições para a política sergipana e brasileira, na redemocratização e desenvolvimento do país. Coube, ainda, identificar o protagonismo das mulheres sergipanas em questionar a condição feminina da época e defender, em seus discursos, a liberdade das mulheres. Como aporte teórico, levamos em consideração os estudos da Análise do Discurso de linha francesa, que têm como principal teórico Michel Pêcheux (1997), e seguidores como Eni Orlandi (2007; 2012), além das fontes históricas de Ibarê Dantas (2014) e Napolitano (2014) sobre a História da Ditadura Militar no Brasil e em Sergipe. Dado nosso objeto de estudo e as teorias que o sustentam, escolhemos, para esse trabalho, a metodologia da pesquisa qualitativa. Nosso corpus é composto por entrevistas feitas com mulheres que atuaram na Campanha da Anistia em Sergipe, cartazes e fotografias que circularam na imprensa midiática; dossiês coletados da Secretaria de Segurança Pública; artigos de jornais que circularam no período proposto para análise, e depoimentos cedidos pela Comissão Estadual da Verdade. Para proceder às análises, selecionamos sequências discursivas que nos revelaram que, num tempo em que a intensa censura ditava o que podia ser dito, as mulheres não recuaram e tomaram a frente de um dos movimentos popular mais importante na história do país. Esse não silenciamento é marcado por manifestações de resistências que as mulheres organizaram, por meio de reuniões e discursões, a fim de libertarem os presos políticos exilados. É, portanto, baseado nessas resistências e para o papel social que essas mulheres exerciam na sociedade no tempo de ditadura que esta pesquisa justifica a sua importância. Como conclusão, verificamos que a resistência e luta das mulheres contribuíram para a promulgação da Lei da Anistia, em 1979 (Lei 6.683), e para a redemocratização do país. Outros frutos desse movimento foram a criação do Conselho Municipal da Condição Feminina e da Delegacia da Mulher em Sergipe, ambos em 1988, que nos faz compreender que ainda hoje nos beneficiamos desse plantio iniciado em 1978.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1305011 - FABIO ELIAS VERDIANI TFOUNI
Interno - 1264245 - GERALDA DE OLIVEIRA SANTOS LIMA
Externo ao Programa - 2026538 - ISABEL CRISTINA MICHELAN DE AZEVEDO
Presidente - 6426475 - MARIA LEONIA GARCIA COSTA CARVALHO

Notícia cadastrada em: 13/01/2017 11:47
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