Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIVIA CAROLINE COSTA CORREIA
DATA: 30/08/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Miniauditório do CCET
TÍTULO: Condicionamento do efluente da produção de biodiesel para o tratamento biológico utilizando argila como coadjuvante de separação
PALAVRAS-CHAVES: Tratamento de efluentes, Biodiesel, Coagulação, Floculação, Flotação por ar dissolvido
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Química
SUBÁREA: Operações Industriais e Equipamentos para Engenharia Química
ESPECIALIDADE: Operações de Separação e Mistura
RESUMO:
Diante da crescente demanda de energia, do esgotamento das fontes fósseis e da preocupação com questões ambientais, os biocombustíveis são considerados opções promissoras. Em particular, o biodiesel é um biocombustível renovável, não tóxico e sustentável, portanto é considerado a principal alternativa para substituir os combustíveis fósseis em muitos países. O processo de fabricação de biodiesel resulta em cerca de 0,2 a 3 L de efluente por litro de biodiesel produzido. O descarte inadequado deste efluente, contrariando a legislação ambiental vigente pode resultar em efeitos nocivos ao meio ambiente. São aplicados processos físicos, químicos, físico-químicos, eletroquímicos, biológicos e processos integrados ao tratamento do efluente da produção de biodiesel. O processo de coagulação/floculação é considerado um dos mais importantes para o tratamento desses efluentes, assim como a flotação por ar dissolvido (FAD) é um método eficaz para remover partículas de baixa densidade em suspensão e reduzir a turbidez. Nesse contexto, esse trabalho está embasado em uma combinação das técnicas de coagulação/floculação, seguida de flotação por ar dissolvido, para remoção parcial da carga orgânica e aumento da tratabilidade do efluente da produção de biodiesel. No processo de coagulação/floculação foi utilizado sulfato de alumínio como agente coagulante e a argila como aditivo, com o objetivo da mesma adsorver parte das moléculas orgânicas solúveis. Inicialmente trabalhou-se com efluente sintético, obtido através da mistura emulsionada de água, sabão, álcool etílico, glicerina e biodiesel, porém os resultados obtidos foram inconclusivos quanto à eficiência na utilização da argila. Então optou-se por utilizar o efluente real e ampliar a faixa operacional das concentrações de agente coagulante e argila. As amostras de efluentes foram caracterizadas com relação aos seguintes parâmetros: turbidez, teor de óleos e graxas (TOG) e demanda química de oxigênio (DQO). A maior eficiência na remoção de turbidez, 92,03%, foi obtida utilizando-se a concentração máxima de argila (1200 mg/L). O mesmo acontece para a remoção do TOG, com eficiência máxima de 74,43%, porém utilizando a quantidade mínima de coagulante (200 mg/L). Já para a DQO, a maior eficiência obtida foi de 92,58%, utilizando a menor concentração de argila (100 mg/L) e uma concentração de coagulante de 800 mg/L. O ensaio que conciliou os melhores desempenhos em todos os aspectos avaliados foi o que utilizou 925 mg/L de argila e 1000 mg/L de coagulante.