Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELLE DE SOUZA CARDOSO
DATA: 21/07/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Multiuso do PPEC
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DA MADEIRA E POTENCIAL DENDROCRONOLÓGICO DE Schinopsis brasiliensis ENGL. (ANACARDIACEAE) NA CAATINGA SERGIPANA
PALAVRAS-CHAVES: Braúna; cerne e alburno; anéis de crescimento
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:
A Schinopsis brasiliensisEngl. (braúna) é uma espécie longeva com ampla distribuição nos domínios fitogeográficos da caatinga e cerrado. Por conta da exploração sem controle de sua madeira e da devastação ambiental que assola a caatinga, encontra-se atualmente ameaçada de extinção. Porém, é uma espécie que se destaca por possuir indivíduos com dimensões superiores às geralmente encontradas em outras espécies deste ambiente, e por isso foi classificada como de alta importância ecológica. Suas características biológicas e ecológicas enfatizam a necessidade de estudos sobre suasestruturas e reações às mudanças ambientais e climáticas, dentre estes os de anatomia da madeira e dendrocronologia. Sua madeira apresentou cerne e alburno significativamente distintos estruturalmente (p<0,05 para todas as análises), houve destaquepara as características estruturais que tornam o cerne a região mais resistente ao intemperismo e duradoura, características que justificam seu usoem construções rurais em áreas de caatinga. Apresentou anéis de crescimento delimitados por banda de parênquima marginal e/ou espessamento das paredes das fibras; vasos solitários e múltiplos (2-3), de porosidade difusa, pequenos, com pontoações areoladas alternas, placas de perfuração escalariformes, e tiloses quando no cerne; raios uni e multisseriados, formados por células procumbentes e quadradas que armazenam muitos cristais de oxalato de cálcio; e fibras curtas e grossas. A espécie foi passível de datação cruzada com 0,52 de correlação entre seus indivíduos vivos e 0,49 entre as madeiras de construção. Apresentou correlações positivas com a precipitação no início e final do período chuvoso, e queda na taxa de incremento nos períodos mais quentes e secos do ano, coincidindo com a queda foliar e consequente interrupção das atividades metabólicas de formação de novas células xilemáticas. Os dados obtidos com a análise dos anéis de crescimento mostraram relação entre o crescimento e as variações sazonais do clima e do estado fenológico dos indivíduos, e a análise dos anéis das madeiras de construção permitiu a expansão da cronologia para até 20 anos anteriores à formação do primeiro anel de crescimento do mais velho indivíduo de S. brasiliensis amostrado na área de estudo.