Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA CLARA RAMOS DA SILVA SANTOS
DATA: 28/02/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Online
TÍTULO: DETERMINAÇÃO DA SOROPREVALÊNCIA DA INFECCÇÃO
PELO SARSCoV-2 EM SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Covid-19; Inquéritos epidemiológicos; Sergipe
PÁGINAS: 49
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
Um novo coronavírus da família Coronaviridae foi identificado em dezembro de 2019 como um causador de complicações nas vias pulmonares nos seres humanos, o SARS-Cov-2. No dia 26 de fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso de infecção no Brasil, e desde então se iniciou uma verdadeira guerra no combate a pandemia. Dentre as principais ações destaca-se a testagem periódica, as políticas de prevenção, a ampliação do número de leitos em unidades hospitalares e a busca por vacinas. Essetrabalho foi o primeiro estudo de soroprevalência de base populacional sobre a infecção pelo SARS-CoV-2 realizado em Sergipe. Neste estudo investigamos a soroprevalência de anticorpos contra síndrome respiratória aguda grave-coronavírus-2 (SARS-CoV-2) no estado de Sergipe, Nordeste do Brasil, usando teste rápido de anticorpos IgM − IgG e imunoensaio de fluorescência durante a primeira onda da doença no Brasil no período de julho a agosto de 2020. A soroprevalência foi de 9,3% (IC 95% 8,5–10,1), 10,2% (IC 95% 9,2–11,3) para mulheres e 7,9% (IC 95% 6,8–9,1) para homens (p = 0,004). Encontramos um declínio na prevalência de anticorpos SARS-CoV-2 de acordo com a idade, mas as diferenças não foram estatisticamente significativas: 0–19 anos (9,9%; IC 95% 7,8–12,5), 20–59 anos (9,3%; IC 95% 8,4-10,3) e ≥60 anos (9,0%; IC 95% 7,5-10,8) (p = 0,517). A região metropolitana teve uma soroprevalência mais alta (11,7%, IC 95% 10,3–13,2) do que os municípios do inteior (8,0%, IC 95% 7,2–8,9) (P <0,001). Esses achados destacam a importância da soro-vigilância para estimar o impacto real do surto de COVID19 e, assim, fornecer dados para melhor compreender a propagação do vírus, além de fornecer informações para orientar as medidas de permanência em casa e outras políticas. Além disso, esses resultados podem ser úteis como dados básicos para acompanhar o progresso do surto de COVID-19 à medida que iniciativas de restrição social começam a ser flexibilizadas no Brasil.