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Banca de DEFESA: REUEL MACHADO LEITE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REUEL MACHADO LEITE
DATA: 18/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 402, Didática VII
TÍTULO: AGROECONEGÓCIO: O IMPOSSÍVEL VIÉS ECOLÓGICO DO AGRONEGÓCIO
PALAVRAS-CHAVES: agronegócio; questão agrária e ecologia
PÁGINAS: 216
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

Nosso foco com este trabalho é investigar o processo de generalização e diferenciação da (re)produção do espaço sob a determinação do mundo da mercadoria em um contexto em que a lógica capitalista se expande no espaço agrário criando o circuito de acumulação baseado em alimentos-mercadoria orgânicos, nutrindo-se da sua própria crise estrutural. Isso demonstra que a necessidade de reprodução ampliada do capital em um contexto de crise estrutural produz novos espaços de acumulação. Esse processo se desenrola no contexto do circuito de alimentação orgânica e/ou saudável pelo agroeconegócio, que é conceituado como um sistema global de produção, processamento, circulação, certificação e consumo de alimentos orgânicos. Não mais limitado às redes locais de produtores e consumidores, hoje o circuito de alimentos orgânicos se insere no contexto do capitalismo globalizado articulando espaços e territórios em escala global. O grande capital, por meio de corporações transnacionais e nacionais, tem se territorializado no setor de produção orgânica a partir de várias frentes: na produção de sementes (M&M Mars), por meio de grandes redes de supermercado (Whole Foods, Pão de Açúcar em escala nacional), dominando e concentrando grandes extensões de terra para a produção de carne orgânica e na produção de alimentos processados ou industrializados (Coca-Cola, WhiteWave, Nestlé, Danone, Unilever etc.). No Brasil, podemos destacar algumas empresas que atuam no circuito capitalista de alimentos orgânicos, tais como a Mãe Terra (Unilever) na área de lanches processados, o Grupo Balbo, possuidor da marca Native, e o Instituo Biodinâmico (certificação de produtos orgânicos). A análise crítica do agronegócio brasileiro revelou uma série de aspectos preocupantes: a dependência de insumos importados, controle oligopolista transnacional, foco na exportação em detrimento das necessidades internas, agroindustrialização sob controle estrangeiro, e a dependência de incentivos governamentais. Estes fatores contribuem para a homogeneização genética, monoculturas, e outros problemas ambientais e sociais graves. Por fim, nos permitiu compreender a existência de um circuito de acumulação de alimentos-mercadoria orgânicos no Brasil e como este se relaciona com a dinâmica de igualização e diferenciação do espaço. Observamos a monopolização dos territórios, a exploração da renda da terra e do carbono, e a territorialização dos monopólios do agroeconegócio. Ademais, analisamos a experiência de produção camponesa de laranja orgânica no litoral norte da Bahia, evidenciando como esta se encaixa no circuito global de alimentos-mercadoria orgânicos, e como a produção local é afetada pelos processos de subordinação e exploração impostos pelo agronegócio.



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUDIO UBIRATAN GONCALVES
Presidente - 2342651 - ERALDO DA SILVA RAMOS FILHO
Externo à Instituição - ESTEVAN LEOPOLDO DE FREITAS COCA
Interno - 1459645 - MARCO ANTONIO MITIDIERO JUNIOR
Externo à Instituição - SÉRGIO GONÇALVES

Notícia cadastrada em: 13/12/2023 09:47
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