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Banca de DEFESA: IVONICE SENA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IVONICE SENA DE SOUZA
DATA: 12/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGEO, Didática II, 1º andar
TÍTULO: Dinâmica da Paisagem Costeira e os Impactos da Elevação do Nível Médio do Mar na Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape, no Recôncavo Baiano
PALAVRAS-CHAVES: Zona costeira, comunidades pesqueiras, modelagem ambiental, manguezal, elevação das marés.
PÁGINAS: 210
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Geoecologia
RESUMO:

As zonas costeiras estão expostas aos riscos ambientais provocados pelas mudanças climáticas provenientes de ações antrópicas e, dentre suas consequências, destaca-se a provável Elevação do Nível Médio Relativo do Mar (ENMRM). As projeções apontam para um cenário de impactos em diversas cidades e ecossistemas costeiros, até o final do século XXI. Neste contexto, ressalta-se que de todos os elementos que compõem a paisagem costeira, o ecossistema manguezal é considerado o mais vulnerável aos impactos de ENMRM devido ao aumento da salinidade que poderá ser provocado por este evento. Pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) preveem um cenário alarmante até 2100, quando poderá chegar a mais de um metro. Neste sentido, o estudo tem como objetivo geral analisar os efeitos sistêmicos relativos à elevação do nível médio do mar sobre os manguezais e nas comunidades pesqueiras na Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape (RESEX Baía do Iguape), localizada no Recôncavo Baiano. No recorte espacial optou-se por gerar um buffer de 500 metros no entorno da poligonal da RESEX. A percepção de território para comunidades tradicionais nem sempre está limitada às demarcações legais. Neste sentido, buscou-se por meio de um modelo espacialmente explícito, baseado em autômatos celulares e Sistema de Informações Geográficas, identificar padrões de resistência, migração e/ou inundação desses manguezais. Nesta perspectiva, o método cientifico que direciona este estudo é o hipotético-dedutivo, com base na análise integrada da paisagem na perspectiva sistêmica. Os procedimentos metodológicos englobaram etapas de gabinete e campo, o primeiro corresponde a pesquisa bibliográfica, organização de um banco de dados geográficos em ambiente SIG, tabulação de dados, tratamento e geração de produtos cartográficos, processamento digital de imagens de satélite, confecção de mapas de uso e cobertura da terra, estimativas de temperatura de superfície terrestre e modelagem dos impactos de ENMRM sobre os manguezais. Já a etapa de campo corresponde a observação e verificação in loco, coleta de coordenadas geográficas, registro fotográfico, identificação florística e medições da estrutura dos mangues e entrevistas com pescadores e marisqueiras. A simulação dos impactos decorrentes da elevação do nível do mar compreende o intervalo temporal de 2022 a 2100. O espaço celular desenvolvido para a área de estudo foi preenchido com informações geográficas de uso e cobertura da terra, altimetria e solo. Para ocorrer o procedimento de inundação utilizou-se como referência a altura da coluna de água em relação à topografia das áreas adjacentes. Quando ocorre a ENMRM em direção ao continente, as áreas de manguezais podem ser inundadas/erodidas. Na RESEX Baía do Iguape nos últimos 36 anos (1986 a 2022) houve expansão da área de manguezal. Na estimativa de temperatura da superfície da terra, foi detectado que as áreas antropizada e o apicum apresentaram as maiores temperaturas e as áreas de florestas ombrófilas densas, as menores. De acordo com os resultados obtidos a partir da modelagem, a área de mangue migrada não compensará a área de manguezal extinta. A perda de manguezais implicará na redução dos espaços de pesca e mariscagem. O avanço dos manguezais em direção ao continente se darão em áreas de apicum e de vegetação. As áreas favoráveis a migração dos manguezais estão ameaçadas, estas encontram-se sobre o uso antrópico. Além disso, os resultados indicam que o ecossistema manguezal encontrará barreiras que inviabilizarão a sua migração para o continente. A migração dos manguezais estará condicionada ao uso que se dará ao solo em seu entorno. As atividades antrópicas podem acelerar o processo de degradação dos manguezais frente à elevação do nível do mar, quando estas atuam como fatores que inviabilizam a migração do mangue para o continente. Na reserva foram registrados três espécies de mangue distribuídos em Laguncularia racemosa (mangue-branco), Rhizophora mangle (mangue-vermelho) e Avicennia germinans (mangue-preto). Dessa forma, é de fundamental importância conhecer os usos e cobertura da terra que possivelmente serão impactados pelo aumento do nível das marés. Nesta conjuntura, as simulações ambientais são essenciais na busca de compreensão dos padrões de resposta do manguezal ao possível evento de ENMRM, sobretudo em áreas de uso e ocupação complexos onde há uma intensa ocupação e exploração antrópica, permitindo gerar diagnósticos e prognósticos para um melhor gerenciamento do espaço costeiro, auxiliando no desenvolvimento de estratégias de adaptação frente a ENMRM. O uso de técnicas de modelagem é fundamental para prever e entender os possíveis impactos antes que estes ocorram.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 279481 - ROSEMERI MELO E SOUZA
Interno - 3313144 - MARCIA ELIANE SILVA CARVALHO
Interno - 426350 - JOSEFA ELIANE SANTANA DE SIQUEIRA PINTO
Externo ao Programa - 1807439 - JAILTON DE JESUS COSTA
Externo à Instituição - DANTE SEVERO GIUDICE

Notícia cadastrada em: 14/11/2023 15:01
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