A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de DEFESA: ANDRÉ LUÍS CARDOSO SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ LUÍS CARDOSO SANTOS
DATA: 06/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Didática VII, sala 402, Campus São Cristóvão
TÍTULO: A FINANCEIRIZAÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO E SEUS REFLEXOS NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: O CASO DE SALVADOR–BA
PALAVRAS-CHAVES: financeirização; mercado imobiliário; produção do espaço; desigualdade socioespacial; urbanização de Salvador
PÁGINAS: 523
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

Esta tese trata dos reflexos da financeirização do mercado imobiliário na produção do espaço urbano em Salvador–BA. A crise do regime fordista de acumulação implicou no rompimento do tratado de Bretton Woods e no início de um novo regime de acumulação caracterizado pela hegemonia do capital financeiro representado na doutrina neoliberal. Esta doutrina foi disseminada em vários países por meios diversos (políticos, constrangimentos econômicos e extra econômicos); no Brasil esta penetração do neoliberalismo, e a progressiva financeirização da economia, se deu a partir da década de 1980 por constrangimento econômico (como condicionantes nas renegociações da dívida externa contraída principalmente durante a Ditadura Militar). A abertura do mercado financeiro, resultante da assunção destas políticas, criou as condições para que o capital estrangeiro passasse a atuar diretamente na economia nacional como acionista em diversas empresas, incluindo as incorporadoras. A produção imobiliária em Salvador passou, durante o século XX, por algumas fases que refletem os anseios do capital e as diretrizes e organização do financiamento imobiliário; mas sempre caracterizada pela desigualdade socioespacial. A cada novo ciclo do capital, Salvador replica esta desigualdade de maneira ampliada. O último destes ciclos foi marcado pelo financiamento via BNH/SFH, em um contexto de industrialização através das multinacionais, sendo o capital industrial o capital hegemônico. O vácuo deixado pelo BNH foi preenchido por soluções neoliberais, como o SFI e a abertura de capital das incorporadoras; ambos extensivamente financiados com recursos do SBPE e do FGTS. Estas mudanças na forma de financiamento se associam às mudanças na regulamentação da produção do espaço urbano via plano diretor que, em seus resultados práticos, significou a flexibilização dos regramentos de uso e ocupação do solo em benefício do capital imobiliário. Nesta conjuntura de retomada do financiamento imobiliário e de flexibilização do uso e ocupação do solo as empresas incorporadoras, capitalizadas pela abertura de capital, ampliaram o escopo de atuação para outros estados e para outras faixas de renda. Uma das estratégias de atuação das empresas foi a formação de extensos bancos de terrenos que correspondiam a mais de 5 anos de produção das empresas. Desta forma as empresas interferiram na dinâmica de produção do espaço urbano em várias localidades nas principais cidades do país. Para o caso de Salvador foi identificada a adequação de instrumentos e diretrizes do plano diretor aos interesses do mercado imobiliário e especificamente às empresas incorporadoras de capital aberto. A atuação destas empresas redundou na implantação de 117 empreendimentos espalhados por quase todo do território municipal, com algumas áreas apresentando concentração de empreendimentos, com destaque para a Estrada do CIA e a um aglomerado destas áreas de concentração em um setor este que será definido como Nucleação Alphaville/Patamares/Piatã. Estes dois setores estão se constituindo em novas centralidades urbanas e são perceptíveis nestas áreas, notadamente na Nucleação Alphaville/Patamares/Piatã ações especulativas com os bancos de terrenos. O capital internacional, assim organizado para atuar na produção do espaço urbano, acessa diretamente a renda urbana para alimentar o seu processo de acumulação, agora sob a hegemonia do capital financeiro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2298414 - ANA ROCHA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 1069236 - ANDRE LUIS ANDRE
Externo à Instituição - DANIEL DE MELLO SANFELICI
Externo à Instituição - JANIO LAURENTINO DE JESUS SANTOS
Interno - 1118141 - SARAH LUCIA ALVES FRANCA

Notícia cadastrada em: 04/09/2023 19:14
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua1.bigua1 v3.5.16 -r19142-da426f1ea9