Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEOMARCOS REIS ALMEIDA
DATA: 29/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGEO, Didática II, 1º andar
TÍTULO: DESMONTE DAS POLÍTICAS DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA CAMPONESA E INSEGURANÇA ALIMENTAR: O QUILOMBO SERRADINHA FÁTIMA (BA) COMO ESTUDO DE CASO
PALAVRAS-CHAVES: agricultura camponesa; neoliberalismo; políticas públicas; insegurança alimentar.
PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
A questão agrária deve ser pensada a partir do território, tendo em vista que as diferentes posições refletem as disputas territoriais e de interpretação da realidade. Inserido de modo contraditório no capitalismo, o campesinato tem a renda da terra apropriada pelo capital no circuito da mercadoria, ao mesmo tempo em que expressa resistências construídas a partir do seus territórios. No contexto da mundialização do capitalismo e da liberalização da agricultura, a extração da renda da terra deixa de ser local e passa a ser internacional, transformando a produção do campo em commodities. Nessa perspectiva, os organismos internacionais defendem que o direito à alimentação possa ser assegurado através do aumento da produtividade e pela atuação do livre-comércio, tendo o mercado e não o Estado como regulador do processo produtivo e distributivo dos alimentos. Todavia, a segurança alimentar precisa estar articulada a vários campos do conhecimento e ter por base os territórios em que os sujeitos sociais estão inseridos. Para tanto, não poderá ser alcançada sem que os povos tenham assegurado a sua soberania e autonomia para definir políticas de oferta, produção e acesso a alimentos de qualidade a partir da agricultura camponesa. No entanto, nos últimos anos o Brasil tem enfrentado uma conjuntura de desmonte das políticas públicas voltadas à agricultura camponesa, sendo uma de suas consequências mais evidentes, o recrudescimento da fome no país. Nesse sentido, considera-se a necessidade de compreender como os camponeses estão inseridos nessa realidade, a partir do estudo da produção de alimentos e sua relação com a segurança alimentar. O método de análise deste estudo qualitativo foi o materialismo histórico e dialético, considerado enquanto instrumento para a elucidação dos fenômenos sociais em seu processo de transformação.