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Banca de DEFESA: MARA IRIS BARRETO LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARA IRIS BARRETO LIMA
DATA: 21/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório José Alexandre Felizola Diniz
TÍTULO: ENTRE O SEMEAR E VENDER: A BATATA-DOCE SOB O AMARGOR DA SUBORDINAÇÃO CAMPONESA NO AGRESTE CENTRAL SERGIPANO
PALAVRAS-CHAVES: Campesinato; Minifundialização da terra; Monopolização da Produção; Produção do Espaço Agrário Sergipano.
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

A presente dissertação compreende os resultados da análise sobre a subordinação camponesa na produção de alimentos para o mercado capitalista. A pesquisa partiu de um objetivo geral: analisar, no contexto de expansão do capitalismo no campo, a sujeição da renda camponesa na produção de batata-doce para o mercado, no espaço agrário do Agreste Central Sergipano. Considerou-se também como objetivos específicos: discutir o campesinato enquanto classe e sujeito social em movimento; investigar o trato com a terra na produção de batata-doce em um estado que tem a estrutura fundiária concentrada e processos constantes de fracionamento dessas terras, sobremodo nas unidades de produção familiar; entender as formas de organização do campesinato e as estratégias de apropriação da renda na área da pesquisa. O campesinato, além de reproduzir-se a partir do produto do seu trabalho, foi compelido a produzir mercadorias e, nesse contexto, há uma crescente demanda de produção para o mercado, em que os trabalhadores aparecem no bojo de uma realidade de sujeição ao capital, o que vem reduzindo a produção para subsistência. Esse quadro, presente no cultivo de batata-doce em Sergipe, especialmente nos municípios de Moita Bonita, Itabaiana, Malhador e Riachuelo, se agrava mais pela predominância do minifúndio, frequentemente alargado por diferentes vias (venda de terras, divisão por herança e/ou pelo sistema de comodato, todos esses processos se ampliam conforme denunciam os últimos Censos do IBGE). Nesses dados, mais de 80% das unidades de produção familiar camponesa nos municípios, com presençaa de batata doce, têm área de tamanho inferior a 1 hectare. A monopolização da produção e a dificuldade de diversificação dos cultivos em virtude do tamanho da propriedade são condições que exigem organização dos produtores diretos para assegurarem renda. Nessa direção, o cooperativismo aparece como uma estratégia importante no seio dos desafios impostos pelo mercado. No entanto, o movimento da contradição cria e reproduz diferentes determinações, pois ainda há permanência da sujeição do campesinato ao capital, que avança criando novas relações de poder de forma desigual e articulada, como um germe que tenta negar a condição histórica da classe camponesa. Tal quadro, sob o crivo da dialética, permite entender a produção do espaço agrário sergipano como simulacro das relações capitalistas e as formas camponesas de reprodução e os níveis de reafirmação da mercadoria, cenário em que ocorre a subordinação na produção de alimentos. Contudo, compreendemos também a importância da permanência do camponês pela realização do seu trabalho, enquanto sujeito histórico e de luta, mostrando-nos como é possível a sua reprodução social na terra que é expressão de território de vida.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Interno - 014.465.355-92 - LUCAS GAMA LIMA
Interno - 154.911.375-53 - ALEXANDRINA LUZ CONCEICAO
Externo à Instituição - JOSE GILBERTO DE SOUZA

Notícia cadastrada em: 08/08/2023 13:09
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