A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: FLÁVIO DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLÁVIO DOS SANTOS
DATA: 28/06/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Prof. Alexandre Diniz
TÍTULO: O AVANÇO DAS SEMENTES DO AGRONEGÓCIO E A DESTRUIÇÃO DAS CULTIVARES CRIOULAS: UM OLHAR PARA A QUESTÃO AGRÁRIA A PARTIR DO REFERENCIAL MARXISTA E DO CONTEXTO DO SEMIÁRIDO ALAGOANO
PALAVRAS-CHAVES: Acumulação Primitiva, Renda da Terra, Sementes do Agronegócio, Sementes Crioulas, Semiárido de Alagoas
PÁGINAS: 61
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

Constituído na década de 1960, o mercado mundial de sementes se configura hoje como uma das principais searas do agronegócio, uma vez que se trata de um setor que movimenta bilhões de dólares anualmente, sendo altamente lucrativo para o capital, bem como uma área que controla um elemento fundamental para a sobrevivência humana: as sementes, insumo basilar para a produção de alimentos. Uma vez sendo uma área estratégica, empresas multinacionais vêm adotando diferentes mecanismos a fim de ampliar o controle sobre a produção de sementes em escala mundial, sendo a concentração e a centralização de capitais um dos principais movimentos realizados por esses grupos, que constituem oligopólios cada vez maiores, fazendo com que fique nas mãos de poucas empresas o domínio sobre a produção desse insumo. O Brasil não se encontra alheio a esse processo. Como um dos principais produtores de commodities do planeta, o espaço agrário do país vem sendo, ao longo dos últimos anos, tomado pelas multinacionais do agronegócio. Um processo que passou a ocorrer de modo mais intenso a partir dos anos 2000, com a liberação das sementes transgênicas, a territorialização de multinacionais desse segmento no país, e um contexto mundial favorável à expansão da produção de commodities. Esse cenário contribui para o Brasil retornar à condição de primário-exportador, à medida que os produtos básicos voltaram a predominar nas exportações brasileiras e o produto do setor primário da economia passou a ter taxas de crescimento bem maiores que o setor secundário neste século XXI. Esse é o contexto que também se presencia no Semiárido de Alagoas, o qual tem sido palco dos rebatimentos do avanço do mercado mundial de sementes, por meio da disseminação de sementes híbridas e transgênicas, processo que tem sido potencializado pelo Canal do Sertão e que vem colocando em risco o trabalho e o território dos camponeses da região, sobretudo aqueles que realizam a guarda das sementes crioulas. Em vários municípios da região a produção camponesa vem sofrendo um processo de contaminação pelas sementes transgênicas, o que resulta na perda das sementes crioulas. A tese que defendemos é que as sementes do agronegócio vêm provocando um processo de expropriação das sementes crioulas, e desse modo dificultando a reprodução social camponesa. É nessa perspectiva que situamos a presente pesquisa, a qual objetiva analisar o avanço do mercado mundial de sementes e seus rebatimentos no campo, tendo como foco o avanço das sementes do agronegócio e os perigos desse processo para a produção de sementes crioulas, de modo a ler essas transformações a partir do contexto do semiárido alagoano e tendo como aporte teórico as categorias marxistas acumulação primitiva e renda da terra. Considerando que a renda da terra se configura como um lucro extraordinário obtido pelo capitalista a partir de determinados elementos do solo e que a acumulação primitiva corresponde ao processo histórico de separação entre trabalhador e os meios de produção, compreendemos que ambas as categorias se colocam como centrais para a leitura das transformações ocorridas no espaço agrário do Semiárido Alagoano provocadas pelo avanço do agronegócio sementeiro. Nessa perspectiva, alicerçados epistemologicamente no materialismo-histórico dialético e lançando mão da abordagem qualitativa-quantitativa, objetivamos evidenciar como as referidas categorias estão inseridas no processo de expansão das sementes do agronegócio no Semiárido de Alagoas, assim como buscaremos desvelar a atualidade das categorias marxistas para a leitura da questão agrária na atualidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1862007 - CHRISTIANE SENHORINHA SOARES CAMPOS
Interno - 1459645 - MARCO ANTONIO MITIDIERO JUNIOR
Externo à Instituição - NARTA INEZ MEDEIROS MARQUES

Notícia cadastrada em: 26/06/2023 12:26
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua2.bigua2 v3.5.16 -r19142-da426f1ea9