Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CATHARINA PENA GOMES
DATA: 12/05/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Sala de aula Prof. José Alexandre Filizola Diniz
TÍTULO: A POLÍTICA DE COMBATE AO FEMINICÍDIO EM ITABAIANA/SE E SEUS REBATIMENTOS ESPACIAIS
PALAVRAS-CHAVES: Políticas Públicas, Feminicídio, Espaço
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Regional
RESUMO:
A violência contra mulher continua sendo uma triste realidade no Brasil e no mundo. A naturalização dessa violência tem o poder de ofuscar sua visibilidade e descriminalizá-la no imaginário social e até mesmo, especificamente, no imaginário das mulheres. Mas longe de colocar como uma questão pessoal ou cultural, a violência contra mulher é um mecanismo primordial para a manutenção das relações políticas na família, no trabalho e nas esferas pública e privada, visto que é resultado das relações de poder, de dominação e privilégios estabelecidos pela sociedade capitalista patriarcal. Apesar de sabermos que tal violência não é contemporânea, o que se constata é a visibilidade política e social desta problemática nos últimos 50 anos. Diante disso, essa dissertação objetiva analisar o feminicídio em Itabaiana, Sergipe, a luz das políticas de combate à violência contra mulher, suas contradições e rebatimentos socioespaciais. Buscou-se para análise o Plano Nacional de combate ao feminicídio, a Coordenadoria de Mulheres e a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Revim) na relação com a formulação de diretrizes, planos estadual e municipal, além da ampliação dos instrumentos legais no combate à violência contra mulher. A investigação se iniciou pela falta de dados e as subnotificações, partindo da Lei 11.340/2015, sendo um marco para que sejam registrados os casos de violência contra a mulher e será tomado como referência temporal para o desenvolvimento da pesquisa. O estudo da política de combate ao feminicídio em Itabaiana foi fundamentado a partir da análise do materialismo histórico e dialético, em que permite um olhar sobre as determinações sociais e históricas, além de uma análise feminista, pois entende-se que as relações de gênero são agentes centrais na construção do espaço, e que a Geografia como ciência que se debruça sobre o estudo da produção e organização do espaço, reflete sobre as relações de gênero, sendo possível compreender as relações desiguais produtoras do espaço, que colocam a mulher no lugar dominado, levando-as ao enfrentamento por direitos, de vida e liberdade.