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Banca de QUALIFICAÇÃO: BRUNO ANDRADE RIBEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNO ANDRADE RIBEIRO
DATA: 31/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 201, Didática VII
TÍTULO: GEOPOLÍTICA DA DIÁSPORA: MOBILIDADE DO TRABALHO IMIGRANTE EM SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: trabalho, crise, mobilidade, imigração, precariedade.
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Regional
ESPECIALIDADE: Análise Regional
RESUMO:

A princípio, pensar a problemática da mobilidade do trabalho imigrante em um contexto mundial de diáspora é considerar as múltiplas determinações envoltas na questão espacial na atualidade. A realidade encaminha o olhar geográfico sobre o tema e o problema: as últimas décadas são marcadas pela espacialização acelerada da precarização do trabalho e precariedade social em todos os continentes. O mundo do trabalho que se apresenta no cenário de crise estrutural do capital caracteriza-se pela expansão do desemprego e das distintas expressões da informalidade. A crise configura um contexto de expulsão de desvalidos de lugares em que o esgotamento das possibilidades de reprodução aponta para o genocídio coletivo, via epidemias, guerras civis, encarceramento, etc. Nessa esteira, saem também trabalhadores mais capitalizados, crédulos nas suas capacidades empreendedoras. Os espaços de atração são desuniformes e se definem, ora pela perspectiva de fixação e renda, ora pelos contextos político e econômico de cada país. Desse modo, as questões norteadoras da pesquisa são: como o trabalho imigrante, intrínseco a casos de clandestinidade e degradação humana, se insere no quadro de crise? Como relacionar um contexto de instabilidade e indeterminação com os movimentos migratórios em busca de trabalho? Em um cenário de crise estrutural, em que o desemprego universal alcança recordes e a precarização é a realidade endêmica ao mundo do trabalho, o trabalho imigrante, em seu caráter mundializado e desumanizado, se insere como expressão de resolução dos problemas dos sujeitos que se movem? O estado de Sergipe se constitui em realidade na qual trabalhadores advindos de países asiáticos, latino-americanos e africanos integram o mundo do trabalho, através de variadas ocupações vinculadas, em destaque, ao comércio. Os dados sobre trabalho imigrante do CAGED são referentes ao chamado mercado de trabalho formal (vínculo empregatício registrado). Todavia, a informalidade encontra-se atrelada à força humana imigrante, em um contexto mundial de reestruturação produtiva que se relaciona à instabilidade universal na busca pela reprodução da vida. Visto isso, o objetivo da tese é analisar a mobilidade do trabalho no contexto de aprofundamento das contradições do sistema capitalista, através da condição dos imigrantes no estado de Sergipe. Parte-se do pressuposto de que uma das fotografias mais emblemáticas do mundo do trabalho no século XXI refere-se aos sujeitos mobilizados entre fronteiras: os trabalhadores que, diante das circunstâncias em seus países originários, se direcionam para países em que deduzem ser propícios à comercialização de suas forças de trabalho. Os barcos repletos de africanos em direção à costa do Mar Mediterrâneo ou as famílias de latino-americanos separados na fronteira do México com os Estados Unidos são dois dos exemplos mais nítidos e que entoam a disseminação de um contexto de “crise migratória” ou “crise de refugiados”. Para Bauman (2017) estamos diante de uma era de ressentimentos e medos, em que os imigrantes são considerados estranhos à nossa porta, e, portanto, inimigos indesejados que furtam vagas de emprego e prejudicam os índices sociais e econômicos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Externo ao Programa - 1693603 - VANESSA DIAS DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - SOCRATES OLIVEIRA MENEZES

Notícia cadastrada em: 26/08/2022 15:09
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