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Banca de DEFESA: DÉBORA PAULA DE ANDRADE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DÉBORA PAULA DE ANDRADE OLIVEIRA
DATA: 27/07/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório do PPGEO, Didática II, 1º andar
TÍTULO: NAS FISSURAS DO AGROHIDRONEGÓCIO BROTAM TERRITORIALIDADES DE ESPERANÇA EM MUCUGÊ-BAHIA
PALAVRAS-CHAVES: Agricultura Familiar Camponesa;Agrohidronegócio;Território; Territorialidades de Esperança.
PÁGINAS: 245
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

O objetivo desta tese é compreender as territorialidades de esperança criadas pelos agricultores familiares camponeses no contexto das transformações decorrentes da expansão do agrohidronegócio no município de Mucugê, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Busca-se analisar, sob a ótica dos sujeitos sociais da agricultura familiar camponesa essas territorialidades, compreendidas como estratégias alternativas à manutenção e reprodução social da vida, que tem como pilar o vínculo com identitário com o território e a dimensão simbólica do trabalho na terra, elaborada em suas práticas sociais cotidianas e com o saber-fazer aprendido nos contextos da comunidade e do grupo familiar no campo. A tese está ancorada na análise qualitativa e crítica da realidade. No que tange aos aspectos de ordem teórico e metodológica, o território foi elencado como categoria central de análise, atrelado as discussões sobre territorialidade e identidade territorial, lidas como elos essenciais com o a dimensão vivida do território. Para refletir no plano conceitual sobre as territorialidades de esperança, sedimentou-se no entendimento do esperançar como movimento da luta coletiva e da organização das pessoas em prol do bem comum. A discussão teórica acerca da questão agrária e do agrohidronegócio foram alicerçados na leitura das contradições intrínsecas a reprodução e expansão das contradições do capitalismo no campo. Paralelamente, buscou-se sistematizar dados secundários relativos às condições sociais de vida da população local, além da elaboração de mapeamentos e pesquisas de campo in locus, que envolve observações diálogos e vivências, além da realização de entrevistas semiestruturadas. Na leitura da realidade em questão, constatou-se que o agrohidronegócio transformou os territórios rurais de Mucugê, impondo lógicas capitalistas de trabalho na terra. Além das repercussões sociais, relativas à exploração e precarização da força de trabalho no campo, verificou-se também a degradação dos ambientes com os riscos de contaminação dos recursos naturais com as aplicações dos agrotóxicos usados nas lavouras do monocultivo de batata inglesa. A implantação da barragem do Apertado, em 1998 acentuou o processo de dominação territorial e concentração fundiária no município, de modo a reduzir o território destinado a agricultura familiar, que mesmo em condições tão desfavoráveis, r-existe. Nessa r-existência persistem formas alternativas de trabalho e vida pautados na sociabilidade camponesa, com iniciativas agroecológicas e de economia solidária baseado no trabalho coletivo nas comunidades rurais. Os índices socioeconômicos locais repercutem as contradições sociais intrínsecas ao agrohidronegócio, nos quais foi possível comprovar que a enunciada riqueza e o desenvolvimento proclamado pelos defensores do agrohidronegócio raramente têm contribuído para a melhoria das condições de vida da população local. A criação das territorialidades de esperança pelos sujeitos da agricultura familiar camponesa constitui-se como uma estratégia de reprodução social e permanência nos seus territórios de vida e trabalho no campo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3352056 - SONIA DE SOUZA MENDONCA MENEZES
Externo à Instituição - MIRIAM CLÉA COELHO ALMEIDA
Externo à Instituição - LUCI MARA BERTONI
Externo à Instituição - FABIANA THOMÉ DA CRUZ
Externo à Instituição - ADRIANO RODRIGUES DE OLIVEIRA

Notícia cadastrada em: 11/07/2022 15:16
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