Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOYCE KELLY DE JESUS SANTOS
DATA: 14/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Por Vídeo Conferência (Portaria Nº 247, março de 2020)
TÍTULO: Habitação popular na cidade capitalista: luta por moradia e MTST em Aracaju
PALAVRAS-CHAVES: moradia popular, MTST, luta por moradia em Aracaju, direito à cidade.
PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Regional
ESPECIALIDADE: Análise Regional
RESUMO:
A emergência do modo de produção capitalista ocasionou mudanças na sociedade. O desenvolvimento da indústria fez nascer um proletariado moderno que chegara as cidades despossuído para vender a sua força de trabalho. Tal processo trouxe impactos para a urbanização que passou a atender a lógica de acumulação de capital e precisou incorporar a massa de trabalhadores na sua dinâmica. Na cidade, existem várias contradições que refletem o modo de produção capitalista, sendo a moradia uma delas. Desse modo, o processo de urbanização moderna foi permeado de resistências e luta dos trabalhadores pelo direito à moradia. Atualmente no Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) cumpre o papel de organização da luta por moradia em vários estados e se firma como o maior movimento social na luta por habitação. O MTST, por meio de suas ocupações, produz o espaço urbano da cidade capitalista em uma lógica contra-hegemônica àquela imposta pelo capital, uma vez que, para esse movimento, a cidade, antes de se constituir o espaço da reprodução do capital, é onde ocorre a reprodução de vida. Como forma de luta para garantir o direito à habitação, em 2017, o MTST começou sua organização em Aracaju/SE, com atuação a partir das ocupações mapeadas na Zona Norte e na Zona Sul da cidade. O objetivo geral desta pesquisa é analisar a habitação popular no desenvolvimento da cidade capitalista. Para tanto, a fim de desvelar o fenômeno da luta dos trabalhadores por moradia em suas conexões com a exploração da classe trabalhadora e como parte da estrutura social capitalista, a pesquisa se funda no materialismo histórico e dialético, lançando mão da categoria geográfica, produção do espaço. Foram adotados os seguintes caminhos metodológicos: estudo de teorias que corroboraram com a fundamentação do trabalho, revisão do estado da arte do temário, pesquisas de campo, com aplicação de entrevistas semi-estruturadas, mapeamento das áreas de atuação do movimento, sistematização e análise das informações coletadas na pesquisa. Isso posto, a espacialização do MTST em Aracaju revela que a falta de moradia é um dado da realidade material no município, presente entre os trabalhadores mais pobres e precarizados. As ocupações se dão por esses trabalhadores em áreas mais pobres, o que reflete a organização da sua base social.