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Banca de DEFESA: THAIS MOURA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THAIS MOURA DOS SANTOS
DATA: 30/10/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Por VIDEOCONFERÊNCIA (Portaria nº 247 de março de 2020)
TÍTULO: GUARDIÃS DE SEMENTES CRIOULAS DO ALTO SERTÃO DE SERGIPE: NO CULTIVO DA DIVERSIDADE, CONSTRUINDO AUTONOMIA CAMPONESA
PALAVRAS-CHAVES: Guardiãs de Sementes; Sementes Crioulas; Trabalho Feminino; Autonomia Camponesa; Lugar.
PÁGINAS: 246
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

O presente estudo teve como objetivo compreender a importância do trabalho feminino na conservação das sementes crioulas, e como esse processo contribui na construção da autonomia camponesa nas localidades sergipanas Bom Jardim/Poço Redondo e Lagoa da Volta/Porto da Folha. Para subsidiar nossas análises, adotamos como procedimentos metodológicos a leitura de referencial teórico, trabalho de campo, entrevistas semiestruturadas e caderno de campo, que a posteriori foram traduzidos em dados quantitativos e qualitativos. Pudemos concluir no trilhar dos diálogos que perfizeram esse estudo, que a guarda de sementes ancestralmente se faz presente nas comunidades, sendo uma prática que se liga a necessidade de armazenar material genético de uma colheita, para dar origem às lavouras seguintes. Com a entrada das sementes transgênicas no campo sergipano, muitos camponeses foram induzidos a abandonar as sementes de família, acentuando o fenômeno da erosão genética. Como forma de combater a perda da diversidade a figura do Guardião e da Guardiã de sementes, sujeito histórico constituído a partir das tradições comunitárias, passou a ganhar visibilidade. Nas comunidades percebemos a forte presença das mulheres nesse processo de conservação e multiplicação das sementes crioulas. Sempre utilizando os quintais, arredores de casa e roças as Guardiãs produzem ampla variedade de alimentos e sementes, que além, de servirem para a autossuficiência alimentar, são comercializadas, permitindo a obtenção de mercadorias não produzidas dentro da Unidade de Produção Familiar Camponesa, fato que tributa à reprodução de uma vida digna. São também as mulheres que se responsabilizam pelo armazenamento das variedades crioulas nas casas comunitárias de sementes, prática que diminui o risco de perda e atesta a qualidade do material genético, além de garantir ações de sociabilidade camponesa. A presença de mediadores sociais tais como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) impulsiona estratégias e ações de conservação e multiplicação das sementes como intercâmbios, formações e oficinas. Como saldo desses processos de mediação as Guardiãs passaram a discutir e entender as sementes em seu sentido político de embate a lógica do agronegócio e perceberem a importância do seu trabalho para a manutenção da vida e aporte para construção de autonomia camponesa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2342651 - ERALDO DA SILVA RAMOS FILHO
Externo à Instituição - LUCY MIRTHA KETTERER ROMERO
Externo ao Programa - 2027131 - ROSANA DE OLIVEIRA SANTOS BATISTA

Notícia cadastrada em: 23/10/2020 09:58
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