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Banca de DEFESA: RONILSON BARBOZA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RONILSON BARBOZA DE SOUSA
DATA: 28/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: SALA PROFESSOR JOSÉ ALEXANDRE F. DINIZ, DIDÁTICA II, 1º ANDAR
TÍTULO: A QUESTÃO AGRÁRIA NA FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA - UMA PERSPECTIVA DE CARACTERIZAÇÃO ESTRATÉGICA
PALAVRAS-CHAVES: Questão agrária; Formação territorial brasileira; Estratégia.
PÁGINAS: 253
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

O golpe que destituiu Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), da presidência da república do Brasil, em 2016, impulsionou, entre outras questões, uma avaliação sobre a experiência petista de hegemonia da classe trabalhadora, e (re)colocou, no centro do debate, entre as organizações de esquerda e os intelectuais, a questão da estratégia da revolução brasileira. Buscou-se contribuir com esse debate, a partir da análise da questão agrária – compreendida como expressão de uma relação sociedade-espaço, como a sociedade se relaciona e se apropria da terra, seu controle e o da produção, e como isso é colocado em questão no movimento real de classes sociais. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi analisar a questão agrária na formação territorial brasileira desde uma perspectiva de caracterização estratégica, dialogando com as estratégias da esquerda brasileira, que hegemonizaram a classe trabalhadora, em diferentes momentos. A análise está orientada na perspectiva do método do materialismo histórico e dialético e, portanto, na teoria marxista, por viabilizar o entendimento da essência do modo de produção capitalista, dos problemas sociais gerados pela sua dinâmica, e apontar o caminho da sua superação, da superação da sociedade de classes. Desse modo, o marxismo possui uma dimensão teórica estratégica: é a estratégia da revolução comunista (internacional). Nessa perspectiva, a geografia torna-se fundamental, pela compreensão da dinâmica da produção capitalista do espaço, da formação territorial brasileira e, desse modo, da questão agrária. Por outro lado, a importância para a geografia ocorre na medida em que, apesar da diversidade e da relevância das pesquisas sobre a questão agrária, não há tantos estudos com a preocupação de entendê-la a partir de uma perspectiva de caracterização estratégica. Muitas organizações e intelectuais, ainda, analisam a formação territorial brasileira pelo suposto dualismo de setores independentes, do “atraso” e da “modernidade”. Um considerado moderno, porque percorreu um caminho capitalista; e o outro atrasado (ainda que, em alguns casos, não utilize explicitamente essa palavra), em que predomina a economia de base agrária, que atrasa o seu desenvolvimento e o do setor moderno. A conclusão dessas análises é não apontar diretamente para uma estratégia e uma revolução de caráter socialista. É preciso uma mediação democrática, para, só em seguida, realizar o socialismo. Na configuração atual da questão agrária no Brasil, há uma integração de capitais de vários setores e origem (nacional e internacional): aquisições, fusões e associações entre capitais; Além do controle de empresas estrangeiras sobre terras no Brasil. Houve uma articulação do capital monopolista na grande propriedade fundiária, conhecido como agronegócio, e que tem provocado mudanças estruturais, com a sua expansão sobre o campo brasileiro. A expansão do agronegócio, a combinação de capitais no campo, a exploração capitalista do trabalho, não pode ser considerada tarefa democrática em atraso, pois, não apenas faz parte da forma como o capitalismo se expande no país, como, também, se coloca diretamente num terreno socialista. Todavia, além dessa realidade, temos a utilização da terra para especulação, reserva de valor, a integração subalterna de agricultores familiares e camponeses ao capital, povos indígenas, quilombolas e camponeses, que reivindicam terras e recursos para produzir alimentos e garantir a reprodução do seu modo de vida. Todas essas questões estão articuladas, no entanto, essa última realidade não coloca diretamente a contradição capital-trabalho e a socialização do trabalho, e, por isso, podem ser consideradas como tarefas e/ou reivindicações democráticas. Todavia, ela também se choca com o capital e a sua forma de se expandir no campo. Nessa perspectiva, avaliamos que a questão agrária no Brasil constitui uma combinação entre tarefa democrática e socialista, que, ao se chocar com o capital, aponta a necessidade de sua superação.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1862007 - CHRISTIANE SENHORINHA SOARES CAMPOS
Presidente - 2342651 - ERALDO DA SILVA RAMOS FILHO
Externo à Instituição - JOÃO EDMILSON FABRINI
Externo à Instituição - LUCAS GAMA LIMA
Interno - 2336611 - MARLEIDE MARIA SANTOS SERGIO

Notícia cadastrada em: 08/01/2020 10:28
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