Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIS EDUARDO CUNHA SILVA
DATA: 12/07/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação, Did. II, 1º andar
TÍTULO: O ESTADO E O TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DO SISAL: CONFLITOS DA POLÍTICA TERRITORIAL
PALAVRAS-CHAVES: Estado, Sisal, Políticas Públicas, Desenvolvimento territorial
PÁGINAS: 154
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Regional
ESPECIALIDADE: Análise Regional
RESUMO:
A ideologia do desenvolvimento, por meio das políticas públicas, acompanha o processo de produção espacial no Nordeste brasileiro. No ano de 2007, o estado da Bahia passou a adotar os territórios de identidade como política de desenvolvimento, baseado no Programa Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (PDSTR) em escala nacional, que define como eixo central a gestão social e sustentável dos territórios. Essa política de Estado está pautada na descentralização do poder e consequente emancipação social redefinindo o papel da participação da sociedade civil nas políticas públicas. Entretanto, compreende-se que o PDSTR implantado no na Bahia através dos Territórios de Identidade, insere-se no plano econômico neoliberal em substituição ao Estado desenvolvimentista e interventor. De acordo com os fundamentos neoliberais, o modelo anterior, baseado no Estado como centralidade econômica para o país havia se esgotado. Na presente dissertação, o Estado é concebido em sua condição totalizadora do sistema capitalista, atuando como unidade do comando político do capital e as políticas públicas territoriais também atuam neste sentido. A escala de análise para o entendimento desta problemática é definida no Território do Sisal-BA, situado nos municípios de Queimadas, Retirolândia, Santa Luz e Valente que apresentam uma articulação em função da cadeia produtiva da fibra do sisal, o que permitiu ao longo dos anos a consolidação de uma rede de infraestrutura que acaba for favorecer a consolidação de ações da política territorial em torno das políticas de crédito e inserção da mão de obra camponesa aos moldes de produção da agricultura de mercado. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva analisar o Território de Identidade do Sisal-BA, considerando sua gestão na condição de instância de planejamento inserida em uma relação entre o Estado, por meio das políticas de créditos e os interesses dos grupos que compõem o território e pertencem a diferentes classes sociais. Os procedimentos metodológicos foram elaborados a partir da pesquisa bibliográfica e trabalhos de campo nas localidades delimitadas para compreensão da realidade, estudada com base na dialética. Por esta análise, a Geografia assume a função de interpretação das contradições deste processo e estratégias de controle do capital.