Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEISEDRIELLY CASTRO DOS SANTOS
DATA: 14/12/2016
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Aulas do PPGEO
TÍTULO: Interações Geoecológicas nas Planícies de Marés do Litoral Centro-Sul Sergipano
PALAVRAS-CHAVES: Manguezal, Dinâmica Costeira, Derivações Antropogênicas
PÁGINAS: 235
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Geoecologia
RESUMO:
A dinâmica estuarina no estado de Sergipe favoreceu a formação de planícies de marés em todas as desembocaduras fluviais, em áreas abrigadas da ação mecânica das ondas e que sofrem a influência do regime de marés, totalizando uma área estimada em cerca de 260 km². O objetivo da presente tese foi analisar a evolução da paisagem das planícies de marés existentes no litoral Centro-Sul de Sergipe. A pesquisa utilizou como procedimentos metodológicos, norteados pelo método da Geoecologia das Paisagens: aquisição, processamento das imagens de satélite e fotografias aéreas, criação dos shapes e construção dos mapeamentos temáticos; quantificação da área das classes temáticas; trabalho de campo e interpretação dos dados. As análises mostraram que as assinaturas energéticas das planícies de marés que compõem a área de estudo são similares, excetuando-se pela influência do tensor natural: dinâmica fluviomarinha e pelos tensores antropogênicos que atuam sobre a área de estudo. A análise evolutiva da planície de Maré entre os bairros 13 de Julho e Jardins (Aracaju/SE) mostrou que a redução da vegetação de mangue foi decorrente do assoreamento promovido pela erosão do pontal arenoso da Coroa do Meio e devido à baixa disponibilidade de nutrientes no sistema ambiental; A dinâmica evolutiva das planícies de marés da desembocadura do rio Vaza Barris (Itaporanga D’Ajuda/SE) revelou que as planícies de marés desenvolvidas em longo prazo estão em estabilidade, e as de curto prazo estão em instabilidade com tendência à redução pela erosão fluviomarinha e baixa disponibilidade de nutrientes; A análise evolutiva da desembocadura dos rios Piauí/Real (Estância/SE) revelou a ocorrência de planícies de marés de longo prazo que sofreram perdas severas de vegetação de mangue em decorrência da erosão fluviomarinha, com perda total de vegetação neste setor de 44.000 m². Concluiu-se a partir dos resultados que todas as planícies de marés localizadas nas desembocaduras analisadas possuem tendência geral à perda de vegetação de mangue tanto por influência fluviomarinha (Vaza Barris) como por influência fluviomarinha e antropogênica (Piauí/Real e Sergipe). O estudo geoecológico proposto serve de instrumento para auxiliar no planejamento ambiental da zona costeira sergipana no tocante ao reordenamento das ocupações humanas. Essas ações devem ocorrer em observância à variabilidade das linhas de costas associadas a desembocaduras fluviais, e no sentido da conservação dos sistemas ambientais, como segurança de sobrevivência para as comunidades, que dependem dos manguezais, e para manutenção da biodiversidade que se reflete em garantia de oferta alimentar para a sociedade como um todo.