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Banca de DEFESA: GENIVÂNIA MARIA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GENIVÂNIA MARIA DA SILVA
DATA: 30/08/2016
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE AULA PROF. JOSE ALEXANDRE FELIZOLA DINIZ
TÍTULO: O (DES) MASCARAMENTO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL/SUSTENTÁVEL NO (DES) ENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICA VERMELHA E OLARIAS NO ESTADO DE SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Desenvolvimento local/sustentável, Arranjo Produtivo Local, cerâmica vermelha e olaria, trabalho e natureza.
PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

Como corolário das transformações implementadas pelo processo de restruturação produtiva e
descentralização econômica, política e social no contexto de mundialização do capital, foi
estruturado no Brasil nas últimas décadas do século XX, um novo modelo de desenvolvimento
endógeno embasado na ideologia localista. O local passa a ser a nova escala de concentração de
capitais, se apresenta como a saída para o capital remediar sua crise estrutural. As políticas locais
passam a ser valorizadas pelo Estado neoliberal, o qual transfere para os atores locais o
protagonismo de promoverem o desenvolvimento econômico e social a partir de estratégias
empreendedoras que valorizem a cultura, as potencialidades do território e apresentem conotação
sustentável. Neste contexto se revitaliza a atenção sobre os estudos dos Arranjos produtivos Locais,
entendidos como catalisadores do desenvolvimento, uma “nova” proposta para organizar a produção
econômica de um território, oportunizar emprego, renda e trabalho. A presença de olarias e de
cerâmicas vermelhas em vários municípios do território sergipano tem despertado a atenção do
Governo do Estado que embasado no desenvolvimento local/sustentável, passou a apoiar a junção
destas indústrias em aglomerados produtivos, entendido como estratégia para dinamizar a economia
do território, promover o desenvolvimento social, etc. Como os interesses do Estado imiscuir-se com
os dos capital, o discurso do “novo” Desenvolvimento se traduz em mais uma forma dissimulada
para assegurar a apropriação de novos territórios/espaços, exploração da força de trabalho e produção
da natureza a serviço da acumulação do capital nesta atividade produtiva. Dessa forma, a presente
pesquisa analisa o (des) envolvimento das indústrias de cerâmicas vermelhas e olarias no território
sergipano sob a égide do discurso do desenvolvimento sustentável/local e seus rebatimentos na
apropriação da natureza, do trabalho e do território a serviço da reprodução do capital. O estudo
reconhece a necessidade de desmascarar esta ideologia do desenvolvimento que constrói uma
sociabilidade de relações harmoniosas e autônomas entre os atores locais na promoção do
desenvolvimento econômico e social, bem como na geração de emprego e trabalho e na produção
sustentável das cerâmicas vermelhas e olarias, quando em essência serve para deslegitimar a
produção desigual e contraditória do território, atribuindo-lhe conotação passiva entre os atores
locais, ou seja, abstrai-se o conflito capital/trabalho, as relações de poder avivadas no local. O estudo
foi realizado em uma pesquisa qualitativa através de referências bibliográficas e trabalho de campo
que esteve alicerçado nos pressupostos do materialismo dialético e permitiu desnudar a
incongruência do desenvolvimento local/sustentável nas aglomerações produtivas de cerâmica
vermelha em uma sociedade capitalista fundada na desigualdade substantiva, bem como revelou os
desdobramentos desse arranjo socioeconômico na produção do espaço e na intensificação do
controle da natureza e do trabalho pelo capital.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 426611 - ALEXANDRINA LUZ CONCEICAO
Presidente - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Externo ao Programa - 1660683 - JOSÉ HUNALDO LIMA

Notícia cadastrada em: 15/08/2016 09:49
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