Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA SALOMÉ LOPES FREDRICH
DATA: 17/12/2015
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de aula Prof. Jose Alexandre Felizola Diniz
TÍTULO: TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES NOS PROCESSOS DE RESISTÊNCIAS DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS NA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Território; Territorialidades; Identidade; Comunidades quilombolas.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
Na Paraíba, os processos e as práticas de resistências da população negra, frente às
crueldades da escravidão, às perseguições e aos maus-tratos, em diversos contextos e de
várias formas, que formaram territórios de resistência e de vivência – como os
quilombos – têm sido, de modo recente, recuperados com olhares mais críticos,
inclusive na ciência geográfica. Desse modo, nesta tese, nos propomos a realizar um
estudo também recuperando a vivência, os significados, o cotidiano e as estratégias de
luta e de resistência desses grupos, enfatizando, como o território e as territorialidades
das comunidades quilombolas na Paraíba estão sendo apropriados. Assim, partimos da
hipótese de que as práticas de resistências das comunidades quilombolas na Paraíba têm
como propulsor o sentimento de pertencimento decorrente da apropriação do território
material e imaterial, sendo este o indutor das territorialidades. Construímos nossos
argumentos, fundamentalmente, pautados na discussão da categoria território e
territorialidade e do conceito de identidade, entrelaçando a correspondente relação entre
a materialidade e imaterialidade do território, e autores como Raffestin (1993),
Bonnemaison (2002), Almeida (2005, 2008), Haesbaert (2004, 2009), Souza (2003),
Almeida; Vargas et al. (2011), Marques (2015), Santos (2015), Hall (2009, 2011, 2014),
Bauman (2005), entre outros, também nos auxiliam nessa interpretação. Partimos
também de algumas situações analíticas a fim de refletirmos acerca das práticas de
resistências, tais como: como os quilombolas se relacionam com o território? Como
constroem suas territorialidades? Como eles enxergam a identidade negra e quilombola?
Em termos metodológicos, entendemos que traduzir os territórios e as territorialidades
dessas comunidades, requer do pesquisador atentar para as circunstâncias de naturezas e
abordagens diversas, sejam elas sociais, políticas, econômicas e também culturais, visto
que as dimensões estão imbricadas. Assim, procedemos às pesquisas documentais e as
pesquisas bibliográficas e aos trabalhos de campo, que ao nosso observatório
constituirão uma contribuição para o desvelamento da trajetória histórica e geográfica
dessas comunidades na Paraíba. Considerando os procedimentos teóricos e
metodológicos adotados, buscamos nesta qualificação destacar nossos resultados
preliminares com o propósito de interpretar as práticas e os processos de resistências das
comunidades quilombolas na Paraíba.