A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de DEFESA: MARINA FEITOSA DA ROCHA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINA FEITOSA DA ROCHA OLIVEIRA
DATA: 30/09/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação, Did II, Andar Superior
TÍTULO: De alimento à commoditie: a produção de milho no município de Pinhão e suas contradições
PALAVRAS-CHAVES: Produção do espaço, agronegócio do milho, rebatimentos sócioambientais.
PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

A dissertação de mestrado que ora apresentamos analisa os rebatimentos da produção do milho para o campo e para a cidade no município de Pinhão no estado de Sergipe, que apesar da sua pequena extensão territorial e população com pouco mais de 6.000 habitantes, vem gradualmente apresentando aumento da produção desse cereal, que se transformou em carro-chefe da produção agrícola municipal e do seu entorno. Considera-se que o Brasil atualmente é um grande produtor de milho, que cresceu consideravelmente nos últimos dez anos e as estimativas para o futuro preveem ampliação tanto em área plantada como na produtividade. Nos últimos anos foi possível observar no espaço agrário sergipano um crescimento acelerado desse cultivo, que até então, era realizado em vários municípios consorciado com outras culturas, mas com pouco destaque. O cereal era utilizado para abastecer essencialmente os rebanhos e uma parte para indústrias de rações e alimentícias. Na atualidade, se observa que a produção de milho realizada em grande escala, nos moldes do agronegócio, em grandes propriedades com o uso de vastas extensões territoriais para atender a cadeia produtiva do milho que abastece uma rede de empreendimentos interligados que têm o milho como matéria prima base. A mão-de-obra empregada no cultivo do cereal vem sendo drasticamente reduzida, pois, com o uso intensivo da mecanização e da alta tecnologia, os trabalhadores foram substituídos por máquinas, que realizam o trabalho de diversos homens com mais agilidade, o que demonstra o caráter excludente dessa produção, visto que, além de muitos camponeses ao não conseguirem concorrer com essa alta produção, suprimidos pela expansão do agronegócio do milho e desprovidos de meios de produção para sobreviver da terra, restando-lhes apenas sua força de trabalho para ser vendida, foram "forçados" a deixar suas pequenas propriedades em busca de novas formas de sobrevivência e reprodução, os poucos trabalhadores que ainda trabalham nessa produção são extremamente explorados e expostos a diversos riscos, por remunerações baixíssimas e que se submetem a tal situação pela falta de alternativas. O município de Pinhão hoje tem em seu entorno um verdadeiro "mar verde", a produção de milho toma conta de quase todos os espaços agricultáveis do município, pequenas produções de feijão e outros gêneros agrícolas são quase raridade, pois, além da substituição da produção dos mesmos pelo milho, é difícil sobreviver ao uso intensivo de herbicidas e inseticidas aplicados via aérea no milharal que prejudica e até extermina as pequenas produções ao redor. A sede municipal de Pinhão, ao longo de dez anos, período onde houve o boom da produção de milho em todo o estado, vem apresentando mudanças em sua dinâmica e configuração, que podem ser reflexos da espacialização do milho, mudanças como: a instalação de uma agência bancária, de empresa de empréstimos financeiros, loja de comercialização de insumos, fertilizantes e equipamentos agrícolas e crescimento do comércio local, são mudanças que podem ser relacionadas ao "crescimento e desenvolvimento" que a produção de milho tem provocado nas cidades em que se territorializa. Porém, é importante ressaltar que esse desenvolvimento vem mascarado por benefícios, mas arraigado de apropriação do espaço, monopolização da produção, exploração de trabalhadores, expropriação de camponeses, alienação da população e degradação do meio ambiente, que são importantes aspectos camuflados pela visão da deslumbrante plantação de milho, que enche os olhos de quem passa observando e esvazia o prato de quem a plantava com as próprias mãos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1496786 - CRISTIANO APRIGIO DOS SANTOS
Presidente - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Interno - 7426495 - MARIA AUGUSTA MUNDIM VARGAS

Notícia cadastrada em: 15/09/2014 15:17
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua2.bigua2 v3.5.16 -r19142-da426f1ea9