Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAUL MARQUES NETO
DATA: 29/09/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação - Didática II.
TÍTULO: DA LUTA NA LONA PRETA À LUTA NA CASA DE TELHA: MONOPOLIZAÇÃO DO TERRITÓRIO PELO CAPITAL AGROENERGÉTICO EM CAPELA-SE, SUBORDINAÇÃO E RESISTÊNCIA DA CLASSE CAMPONESA.
PALAVRAS-CHAVES: Território, Reconfiguração Territorial, Campesinato, Agrocombustíveis, Políticas Públicas.
PÁGINAS: 157
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
A estrutura agrária brasileira, que se configurou a partir da invasão dos portugueses, caracteriza-se por ser concentradora de terras, de renda e de benefícios e por se manter inalterada ao longo do tempo, causando impactos negativos no espaço rural brasileiro, reproduzindo ou aumentando a pobreza da população do campo, principalmente dos camponeses que buscam a todo o momento estratégias de sobrevivência. Diante das transformações na questão agrária brasileira e das políticas públicas direcionadas ao campo, entre elas a de incentivo aos agrocombustíveis buscamos neste trabalho, através do método dialético, analisar o processo de subordinação camponesa no município de Capela (SE), diante do movimento contraditório do desenvolvimento das forças produtivas do capital, a partir do setor sucroalcooleiro. Neste espaço ocorrem dois processos, o de territorialização do capital agroenergético e o de monopolização do território camponês pelo capital monopolista, este último sendo verificado no Projeto de Assentamento José Emídio dos Santos, localizado no referido município. Camponeses que se subordinam e resistem produzindo a monocultura da cana em detrimento da policultura de alimentos, provocando insegurança alimentar e distanciando-se da soberania alimentar.