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Banca de DEFESA: ANDRÉIA TEIXEIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉIA TEIXEIRA DOS SANTOS
DATA: 28/02/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de aula do PPGS, Didática II, próximo ao PPGED.
TÍTULO: “QUEM FALOU QUE EU ANDO SÓ?”: PRÁTICAS EDUCATIVAS E SABERES CONSTITUÍDOS NA AUTO-ORGANIZAÇÃO DE MULHERES NEGRAS DE SERGIPE, REJANE MARIA.
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Movimento de mulheres negras. Feminismo Negro. Saberes emancipatórios. Pedagogia Feminista Negra.
PÁGINAS: 335
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO:

Esta tese investiga práticas educativas e saberes emancipatórios que emergem das atividades da Auto-Organização de Mulheres Negras de Sergipe, Rejane Maria. Para tanto, empreendemos uma discussão sobre o Movimento de Mulheres Negras e sua relação com debates epistemológicos em torno das experiências dos povos racializados, destacando o Feminismo Negro e o Feminismo decolonial como aportes teórico-práticos para a compreensão das articulações que ancoram o Movimento de Mulheres Negras na contemporaneidade; discutir sobre o associativismo negro no Brasil nas últimas décadas, sinalizando configurações e pautas reivindicatórias desta coletividade e observando a interlocução estabelecida pelo Movimento Negro sergipano com os debates nacionais; historicizar o Movimento de Mulheres Negras, colocando em perspectiva o Movimento de Mulheres Negras sergipano em diálogo com os movimentos nacionais, considerando as maneiras como as desigualdades de gênero, classe e raça foram operacionalizadas por estas mulheres negras na construção de seu ativismo político contra o racismo, sexismo, LGBTfobia e opressão de classe e, por fim, analisar, a partir das narrativas das ativistas e de nossa participação nas atividades da Auto-Organização, as práticas educativas e saberes emancipatórios (GOMES, 2017) produzidos na Auto-Organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria relacionados à articulação interseccional entre raça, gênero e classe, considerando que estas pedagogias e saberes emergem das ações cotidianas desta coletividade. Para nos aproximarmos da leitura que as ativistas empreendem acerca da sua participação na Auto-Organização, seguimos a perspectiva da Pesquisa Ativista Feminista Negra (LEMOS, 2016), nos inserindo ativamente nas atividades do grupo. A História Oral, a observação-participante, a pesquisa documental, iconográfica e o uso do diário de campo fizeram parte dos procedimentos investigativos. Como práticas educativas, identificamos as rodas de conversa, palestras, oficinas, cineclube e cine-debates, além dos espaços de formação política, manifestações de rua e eventos culturais, da elaboração de notas de repúdio ou cartas de denúncia e a elaboração de materiais informativos. Nestas práticas, através da problematização da realidade, são discutidos temas importantes para a resistência e sobrevivência negra e, nestas discussões, são mobilizados saberes emancipatórios políticos, identitários, estético-corpóreos e interseccionais que visam o empoderamento do povo preto para analisar criticamente a sociedade sergipana e pensar estratégias de resistência que possam combater as opressões interseccionais que atravessam os corpos pretos e os levam à condição de marginalização frente aos poderes instituídos. Categorizamos as atividades realizadas em: ações de combate ao racismo e a violência contra a mulher negra; Ações de Autocuidado, Ações Lúdicas, Ações de Valorização da cultura negra, Ações de Incidência política e Ações voltadas para a Maternidade Preta, além de Ações voltadas para o empoderamento por meio da valorização da mulher negra, da educação, do trabalho e da conscientização sobre os direitos sociais. Nesse sentido, compreendemos o espaço da Auto-Organização de Mulheres Negras Rejane Maria como um coletivo de referência para o Movimento de Mulheres Negras de Sergipe na atualidade, sendo produtor de uma pedagogia de (re)existência que emerge das escrevivências das mulheres negras ativistas, representando um espaço marcado por práticas pedagógicas emancipatórias inseridas na perspectiva da Pedagogia Feminista Negra, empreendendo resistência à colonialidade do ser e do saber, e, sobretudo, de combate às opressões interseccionais de raça, gênero, classe e sexualidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CAROLINA SANTOS BARROSO DE PINHO
Interno - 1212624 - EDINÉIA TAVARES LOPES
Interno - 2528737 - MARILENE SANTOS
Presidente - 1698052 - MARIZETE LUCINI
Externo à Instituição - YÉRSIA SOUZA DE ASSIS

Notícia cadastrada em: 06/02/2023 08:08
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