Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JONAS EMANUEL DA ROCHA ANTÃO
DATA: 29/01/2019
HORA: 09:00
LOCAL: PRODEMA
TÍTULO: OS DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS DO CAMPESINATO NO ESPAÇO RURAL DO MUNICÍPIO DE BREJO GRANDE/SE.
PALAVRAS-CHAVES: Camponês. Sócioespacial. Territorialização. Rio São Francisco. Homem-
Natureza.
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:
O projeto moderno colonial idealizado pelos países centrais afetou e ainda afeta a organização
sócioespacial brasileira. Essa racionalidade ambiental estruturou um modelo econômico que
ocasiona conflitos, contrastes e contradições com o modo de vida campesino. Ademais, origina
danos ambientais nos locais onde é implantado, sendo que na área da pesquisa em questão é
materializada com a carcinicultura. Essa prática pautada sob a égide do pensamento cartesiano
reorganiza o espaço inviabilizando-o, extraindo a renda do sujeito camponês, que possui uma
organização social que o leva a priorizar a vida ao invés do mercado. A pesquisa tem como
objetivo analisar a territorialização da classe camponesa frente aos impactos socioambientais,
ocasionados pelo modelo de produção capitalista no espaço rural no município sergipano de
Brejo Grande, especificamente, nas comunidades de Brejão dos Negros, Carapitanga e
Saramém. Para tal, fez-se necessário a realização, incialmente, do levantamento bibliográfico e
a coleta de dados secundários nos órgãos oficiais com objetivo de conhecer a realidade
socioambiental da área de estudo. Neste sentido, utilizou-se das seguintes metodologias e
instrumentos de pesquisa: a pesquisa de campo para a aplicação de formulários com perguntas
abertas e fechadas concomitantemente à tabulação e análise dos dados, caracterizando a
pesquisa como quanti-qualitativa. Nas visitas em campo, fez-se uso da máquina fotográfica e da
orientação via GPS. Estes registros subsidiam a elaboração de mapas temáticos. Espera-se com
esta pesquisa contribuir para as discussões a respeito do tipo de desenvolvimento que é induzido
pelo Estado-capital nas comunidades brasileiras como também diagnosticar como a prática da
carcinicultura afeta a autonomia e a dependência dos sujeitos camponeses para compreendermos
como isso se rebate na sociedade sergipana e brasileira, ao tempo em que, paradoxalmente, na
área da pesquisa, se observa para além da atividade em tela, as demais estratégias de reprodução
social do campesinato analisado.