Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RIZIANE FERREIRA DA MOTA
DATA: 24/10/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: “Influência do estresse mecânico induzido pela corrida na sensibilidade à dor nos membros inferiores de corredoras de curta distância: estudo observacional caso-controle”
PALAVRAS-CHAVES: Corrida; Dor Musculoesquelética; Hiperalgesia; Mulheres;
PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

Introdução: A corrida é um dos esportes mais praticados do mundo e as mulheres estão cadavez mais adeptas à modalidade. Apesar disso, dor e lesões são comuns entre as praticantes,dessa forma, estratégias antecipadas de monitoração dos riscos são necessárias. Objetivo:avaliar a relação entre volume, velocidade e tempo de prática e medidas de limiar de dor àpressão (LDP) em pontos das articulações de quadril e joelho e do músculo piriforme decorredoras de curta distância; comparar os LDPs dessas mulheres com o de homens corredoresde curta distância e mulheres sedentárias. Métodos: Trata-se de um estudo observacional,analítico, do tipo caso-controle, de dois braços (Braço 1: mulheres corredoras x homenscorredores; Braço 2: mulheres corredoras x mulheres sedentárias). Foram recrutados 86indivíduos entre 20 e 54 anos, de ambos os sexos, sendo 33 mulheres e 27 homens corredoresde curta distância (≤ 10 km), com, no mínimo, 3 meses de prática e 20 km de volume detreinamento semanal; e 26 mulheres sedentárias (≤ 3 meses sem praticar exercícios físicos).Foram coletados dados antropométricos e LDPs (algômetro) no trocânter maior do fêmur,músculo piriforme e tendão do quadríceps de todos os participantes e, adicionalmente, oscorredores responderam um formulário de acompanhamento da rotina de treinamento/corridade corredores. As análises estatísticas foram realizadas no SPSS Statistics V25.0 e consideradop<0,05. A normalidade e homogeneidade foi testada pelo Shapiro-Wilk e Levene,
respectivamente. Para as comparações, foram aplicados os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, seguido do post-hoc de Dunn. Para correlações foram utilizados Pearson e Spearman,
seguido das análises de regressão. Resultados: Houve correlações positivas entre os LDPs doquadril de mulheres corredoras e o volume e velocidade de treinamento, no entanto não houvecorrelações significativas com as outras regiões. A regressão múltipla revelou influênciasignificativa do volume e da velocidade da corrida nos LDPs do quadril esquerdo, explicando12% e 20% do desfecho, respectivamente (F(1,31) =4,515; p>0,05; R2ajustado =0,099; F(1,31)=8,612; p>0,05; R2ajustado =0,192). Ademais, houve correlação positiva moderada entre otempo de prática e os LDPs do quadril e do piriforme, mas não para o joelho. Homens emulheres corredores diferiram significativamente no volume de treinamento (U= 262,2, z= -2,74; p>0,05; r =0,35), velocidade de corrida (U=84, z= -5,52; p >0,001; r =0,71) e tempo deprática (U= 610,5 z =2,47; p >0,05; r =0,32), e mulheres corredoras e sedentárias apresentaramLDPs mais baixos que homens corredores em todas as regiões, com exceção do joelho. Alémdisso, mulheres corredoras e sedentárias não apresentaram diferenças significativas emnenhuma das variáveis. Conclusão: Essa pesquisa revelou que os LDPs dos MMII decorredoras de curta distância parecem não estar sendo afetados negativamente pela prática, eque além disso, LDPs mais altos na região do quadril estão associados a maiores volumes evelocidades de treinamento. Ademais, os LDPs de corredoras não se diferenciam de mulheresque não praticam exercícios físicos, embora tenham apresentado diferença quando comparadoaos homens corredores, demonstrando menores LDPs, com exceção da região do joelho.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3004147 - DANILO RODRIGUES PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 1921696 - MARCELA RALIN DE CARVALHO DEDA COSTA
Externo à Instituição - THIAGO ABNER DOS SANTOS SOUSA