Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IALLY FRAGA BATISTA ANDRADE
DATA: 17/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: MANIPULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO CERVICAL SÃO EFICAZES PARA REDUZIR DA DOR E INCAPACIDADE EM ADULTOS COM DOR CERVICAL CRÔNICA INESPECÍFICA? UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM METANÁLISE
PALAVRAS-CHAVES: Dor no Pescoço. Manipulações Musculoesqueléticas. Ensaio Clínico;
PÁGINAS: 51
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

Nenhuma evidência de alta qualidade fornece um suporte para utilização da manipulação emobilização cervical para pacientes com dor cervical crônica inespecífica, isto deve-se afragilidade metodologica dos estudos disponíveis, dessa forma acredita-se que seja relevantereunir as evidências atuais em uma revisão sistemática e investigar a eficácia destas técnicaspara essa população. Sendo assim, o objetivo da presente revisão consistiu em avaliar osefeitos da manipulação ou mobilização na dor e incapacidade em adultos com dor cervicalcrônica inespecífica. Uma pesquisa abrangente foi realizada nas bases de dados Pubmed,Embase, PeDro, CINAHL e Cochrane Library usando termos como “Pain, Neck,“Manipulations, Musculoskeletal” e “Clinical Trial” para filtrar ensaios clínicos, semrestrição de idiomas, publicados até março de 2023. Somente ensaios clínicos randomizadoscom adultos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de dor cervical crônicae inespecífica, tratados com manipulações e mobilizações cervicais e comparados com grupocontrole (inativo ou nenhuma intervenção) foram incluídas nesta revisão. Os desfechosprimários da presente revisão foram intensidade de dor, limiar de dor por pressão, bem comoincapacidade cervical. Todos os desfechos foram avaliados na linha de base, imediatamenteapós as intervenções, à curto, médio e longo prazo. Para avaliação do risco de viés dos ensaiosclínicos incluídos foi utilizada a escala PeDro, e para a avaliação da qualidade das evidênciasfoi utilizada o Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation(GRADE).Um total de 6.511 estudos foram recuperados nas bases de dados, destes seteestudos (n = 823) foram incluídos na presente revisão, e três estudos (n = 456) que utilizaramapenas a manipulação cervical foram incluídos para análise quantitativa. No que diz respeitoao limiar de dor por pressão, não houve diferenças entre a manipulação cervical oumanipulação simulada, imediatamente após a intervenção (MD = 27,04, IC 95% = -31,01 a85,09; I2 = 70%, p = 0,003). Para a intensidade de dor, a manipulação cervical foi superior amanipulação simulada imediatamente após a intervenção (MD = -1,30, IC 95% = -1,52 a -1,08; I2 = 3%, p = 0,092) e a curto prazo (MD = -0,84, IC 95%= -0,99 a -0,68; I2 = 0%, p =0,037). Ainda, a manipulação cervical foi superior a manipulação simulada para melhora daincapacidade a curto prazo (MD = -11,55, IC 95% = -12,79 a -10,32; I2 = 0% p = 0,86). Noque se refere os eventos adversos, nenhum estudo fez menção, apenas um efeito colateral foirelatado, sendo ele dor leve de carater transitório. Portanto, evidências de qualidade muitobaixa a baixa indicam que o uso da manipulação cervical não é eficaz na redução do limiarde dor por pressão, imediatamente após a intervenção, em pacientes com dor cervical crônicainespecífica. Porém, as recomendações apoiam o uso da manipulação cervical para reduçãoda intensidade da dor imediatamente após a intervenção e a curto prazo, assim como paramelhora da incapacidade a curto prazo nessa população.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1347234 - KARINA CONCEICAO GOMES MACHADO DE ARAUJO
Externo ao Programa - 2320427 - LEONARDO YUNG DOS SANTOS MACIEL
Interno - 2013648 - VITOR OLIVEIRA CARVALHO