A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de DEFESA: THAÍS ALVES BARRETO PEREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THAÍS ALVES BARRETO PEREIRA
DATA: 29/08/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: “INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DE COVID-19 NA DOR CRÔNICA E ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE TELERREABILITAÇÃO”
PALAVRAS-CHAVES: Dor crônica; Fibromialgia; COVID-19; Crenças; Exercício; Telerreabilitação;
PÁGINAS: 228
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

Introdução: Pacientes com dor crônica, a exemplo de fibromialgia (FM), comumente têmimportantes alterações psicossociais, emocionais e físicas, e podem ser mais afetados porperíodos de crise, como na recente pandemia de COVID-19, devido ao distanciamento socialadotado para contenção do novo coronavírus (SAR-CoV-2). Além disso, a necessidade decontinuação de tratamentos de saúde durante as medidas de restrição de contato,impulsionaram a utilização de programas de telerreabilitação, e continuarão a serimplementados para além do período pandêmico. Contudo, esse recurso pode despertar nospacientes com FM crenças e expectativas que podem gerar má adaptação e abandono aotratamento, portanto, é preciso entender a aceitabilidade desses pacientes à tratamentos pormeio de telerreabilitação para desenvolver estratégias de manejo clínico. Objetivos: Avaliaras características da dor, de sintomas psicoemocionais, da qualidade do sono e o nível deatividade física em pacientes com dor crônica durante a pandemia COVID-19 em Sergipe eno Brasil. Identificar crenças e expectativas de pacientes com fibromialgia em relação àfisioterapia por meio de telerreabilitação. Investigar a viabilidade e a aceitabilidade deexercícios e educação em dor por telerreabilitação de forma síncrona e assíncrona parapacientes com FM. Métodos: A presente pesquisa envolveu estudos do tipo observacional,transversal e estudo randomizado de viabilidade com análises qualitativas e quantitativas. Olevantamento sobre o impacto da pandemia na dor crônica foi realizado por meio dequestionário anexado no aplicativo Forms, do Google Drive, com perguntas objetivas e clarassobre características da dor, psicoemocionais, de qualidade do sono e nível de atividade física.Para o estudo de viabilidade, foram randomizadas 24 mulheres com FM, 12 realizaram 8semanas de exercícios multimodais por videoconferência (síncrono) e 12 receberam vídeosgravados dos mesmos exercícios (assíncrono). Ambos os grupos receberam educação em dor.A viabilidade foi avaliada pela adesão aos exercícios (total de dias), frequência departicipação (pacientes por semana), assiduidade aos exercícios (vezes por semana) edesistência. A intensidade de dor e fadiga foram avaliadas por meio da escala numérica de 11pontos. Foi utilizada Escala Tampa de Cinesiofobia e Escala de Adesão ao Exercício. Paraavaliar a percepção, aceitabilidade e motivos de adesão aos exercícios das pacientes com FMsobre a telerreabilitação foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais porvideoconferência antes e após o protocolo. As entrevistas foram gravadas após consentimentoe transcritas através do software MAXQDA®. A abordagem indutiva foi feita portriangulação de dados em que foram codificados em categorias e subcategorias. Resultados:Derivaram dessa pesquisa, 5 artigos: 2 referentes ao impacto da pandemia para pacientes comdor crônica em Sergipe e no Brasil, e 3 sobre viabilidade, percepções, facilitadores e barreiraspara telerreabilitação. Em Sergipe, responderam ao formulário de impacto da pandemia 85indivíduos com FM, enxaqueca e dor lombar. Cerca de 70% da amostra relatou piora daintensidade de dor. Mais da metade dos indivíduos (58,8%) referiu ansiedade intensa. Alémdisso, mais da metade da amostra relatou qualidade de sono ruim (51,8%). Pouco mais de60% da amostra não praticou atividade física. Na análise de regressão, a falta de atividadefísica apresentou uma chance de 335% de aumentar a intensidade de dor (β: -1,095, OR:0,335, p= 0,025), de aumentar a ansiedade em 244% (β: -1,412, OR: 0,244, p= 0,013) e de250% de causar insônia (β: -1,353, OR: 0,250, p= 0,010). Em seguida, foram avaliados 973indivíduos à nível de território brasileiro, dentre eles, 63,5% com fibromialgia e em suamaioria do sexo feminino (98,3%). O isolamento social teve associação com a dor nasatividades diárias (p<0,05). As análises de regressão logística binária ou multinominalmostraram que a ansiedade aumentou a razão de chance em 395% de indivíduos com dorcrônica sentirem dor (β: 1,375; OR: 3,956; p= 0,001) e a maior intensidade de dor aumenta
em 62,3% a chance desses indivíduos não realizarem atividade física (β: -0,474; OR: 0,623;p= 0,001). Além disso, a dor aumentou em 186,9% a razão de chance de indivíduos com dorcrônica terem insônia (β: 0,625; OR: 1,869; p= 0,001), assim como, a ansiedade queaumentou em 182,9% (β: 0,604; OR: 1,829; p= 0,001). A intensidade de dor aumenta em160,4% a chance de indivíduos com dor crônica tomarem medicamentos para dormir (β:0,472; OR: 1,604; p= 0,001). Segundo os 30 relatos qualitativos realizados antes datelerreabilitação, as participantes entrevistadas esperavam se beneficiar da terapia emdomicílio devido a flexibilização de horário, dispensa de deslocamento, socialização e menorrisco de contaminação. Nas análises após a telerreabilitação, 24 pacientes referiram comofacilitadores para a telerreabilitação a identificação com outras pacientes com FM, exercíciosem grupo, supervisão síncrona do terapeuta e flexibilização de horários. Como barreiras,foram citadas a dificuldade de lidar com dor e fadiga, falta de motivação, falta de supervisão ecrenças limitantes. Entre os resultados de viabilidade, houve desistência de 7/12 (58,3%)pacientes do grupo síncrono e 10/12 (83,3%) do assíncrono. No síncrono, a quantidade de diasde exercício foi de 13,87 ± 6,01 (IC 95%: 7,86 a 19,88) e no assíncrono, foi de 5,12 ± 5,11(IC 95%: 0,01 a 10,23). Apresentaram médias de dor e fadiga maiores nas primeiras semanasde exercícios com redução gradual até a 8ª semana. Tinham baixo comportamento de adesãoao exercício e elevada cinesiofobia. Pela análise qualitativa, foram referidos como motivos deadesão: pertencimento entre pacientes, supervisão da terapeuta, percepção de melhora da dore funcionalidade. Entre os motivos de não adesão: dor e fadiga, dificuldade de acesso àtecnologia e falta de supervisão do terapeuta. Conclusão: A pandemia potencializou o ciclovicioso entre sintomas dolorosos, aspectos psicoemocionais e distúrbios do sono em pacientescom dor crônica em Sergipe e no Brasil. Além disso, observamos a intensificação dessesfatores associados a redução dos níveis de atividade física. A identificação em atividades emgrupo de pacientes com FM e a supervisão devem ser consideradas como importantesfacilitadores para a telerreabilitação. Porém, a dificuldade de lidar com a dor, falta demotivação e crenças limitantes são barreiras. Telerrebilitação assíncrona parece não ser viávelpara o tratamento de pessoas com FM, devido à baixa adesão ao programa de exercícios. Amodalidade síncrona parece gerar maior aceitabilidade devido a supervisão do fisioterapeuta eaos exercícios em grupo de pacientes com fibromialgia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1656787 - JOSIMARI MELO DE SANTANA
Externo à Instituição - LUCIOLA DA CUNHA MENEZES COSTA
Externo à Instituição - MARCELO LOURENÇO DA SILVA
Externo à Instituição - MARIANA ARIAS AVILA VERA
Interno - 2137199 - PAULA SANTOS NUNES

Notícia cadastrada em: 17/08/2023 09:56
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua1.bigua1 v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e